- PUBLICIDADE -

vida e lucro

- PUBLICIDADE -

BRASIL

CORONAVÍRUS

VIDA E LUCRO

Estava o mundo posto em sossego, com seus problemas e soluções, ambientando alternância do poder em diversas regiões, trazendo novas ideias, oxigenando administrações públicas, recuperando economias onde gestões anteriores haviam sido desastrosas ou as alavancando, onde haviam sido exitosas, quando, do nada, surge um vírus (Covid19) que, ao se espalhar, desviou o curso do planeta.

Segundo infectologistas, o vírus se originou na China, tem baixa letalidade (relação proporcional entre óbitos e infectados) comparado com outras doenças, como H1N1, tuberculose, pneumonia, hepatite B, etc., e deve ter correlato tratamento, com isolamento dos grupos de risco, cuidados especiais na higiene e internação hospitalar nos casos mais agudos.

O fato é que o vírus, ao se instalar e ser divulgado com sensacionalismo, vem causando relevante debacle na economia mundial. De tal forma que analistas econômicos se debruçam sobre suas prováveis consequências e, Banco Itau, por exemplo, reviu suas expectativas de crescimento do PIB mundial, em 2020, de 2,7% para -0,4% (recessão global), da China de 5,3% para 3,3%, dos EUA de 0,8% para -2,2% e do Brasil de 1,8% para -0,7%. Exceto a China, berço do Covid19, haverá recessão em todos os outros países impactados pelo vírus.

No caso do Brasil, que vinha em plena recuperação econômica, o baque será mais do que relevante.

Preocupa o fato de, por aqui, essa epidemia, ao se iniciar na área da saúde, ter se alastrado, contaminando e desvirtuando áreas política e de imprensa, projetando desnecessárias e danosas consequências na economia.

Esses atores apelam para discursos misericordiosos e desenham visão catastrófica do vírus, transformando-o em pandemia psíquica, disseminando pânico na população e favorecendo restritivas políticas públicas, cuja consequência será indesejável instalação de desordem econômica.

Diante do quadro, similar a outras epidemias, gestores públicos se defrontam com a dosagem do remédio, que não pode ser tão fraca que não elimine o vírus, nem tão forte que elimine o paciente. Aqui começa a complexidade ao se buscar equilíbrio de soluções técnicas com ambições políticas.

Especialistas nas áreas econômicas e da medicina, em análise conjunta, trabalham com duas alternativas de lockdown: horizontal (totalmente restritivo, desliga a economia) ou vertical (quarentena somente para idosos, economia ativa). Essa encruzilhada remete os gestores públicos à uma “Escolha de Sophia”. As opções não contemplam resultado bom ou ruim. Resta a consequência possível e essa é a única base de orientação que o homem público deve seguir, minimizando os inevitáveis e irreparáveis danos.

Uma forte recessão, em país pobre, recém saído de uma pandemia, resultará em incomparável explosão de falências e desemprego, insuficiência do serviço de saúde, elevação do nível de pobreza e da insegurança pública. Inevitavelmente, a crise econômica terá maior letalidade do que o próprio vírus.

O lockdown vertical se reveste de bom senso, mas o amálgama, estimulado pela epidemia, unindo ganâncias políticas e jornalismo tendencioso está colocando em elevado risco o controle do vírus e a sobrevida da economia.

O brasileiro deseja e espera que políticas públicas de combate ao vírus considerem vida e lucro caminhando juntos, pois não são excludentes, como apregoa, convenientemente, o socialismo.



- PUBLICIDADE -

Últimas notícias

Notícias Relacionadas