Não consigo entender a passividade e o comodismo de prefeitos e vereadores quando assisto o desrespeito dos bancos deixando as pessoas em filas, do lado de fora das agências, independente de calor, frio ou tempo chuvoso. A atitude dos bancos é, na minha opinião, um escárnio.
Para começar, o desrespeito é com a pessoa. Obriga-las a aguardar o atendimento bancário de pé e em condições inseguras é a mais desumana das decisões.
Em segundo lugar, as filas são compostas por correntistas, investidores que confiaram seus recursos ao banco, que os utiliza e os fazem de fonte de manutenção (com resultados extraordinários), e que são orientados no atendimento como se fizessem parte de um zoológico.
Por último, mas não menos importante, as filas são todas constituídas de eleitores, único alicerce dos prefeitos e vereadores do município, e que, não se entende porque, estão abandonados às intempéries quando necessitam movimentar seus ativos nos bancos.
O que faz com que prefeitos e vereadores não percebam essa mistura de injustiça, abandono e desumanidade e se omitam na elaboração e aprovação de leis municipais que proíbam essa prática condenável?
Mais do que os bancos devam zelar pelos seus mantenedores, autoridades municipais (prefeitos e vereadores) deveriam cumprir as funções para as quais foram eleitos (até se remuneram) e se responsabilizar pela segurança e pelo bem estar de seus munícipes.
Luiz Bittencourt – Eng. Metalúrgico/UFF; M. of Eng./McGill University/Montreal/Canadá; Pós-graduado em Comércio Exterior/Universidade Mackenzie/SP; Consultor em Relações Institucionais; Diretor da LASB Consultoria.