POLÍTICA
Com Hélio Mendes
Agro pode ser o cavalo de troia da geopolítica
Com a História podemos aprender como vencer batalhas.
É do conhecimento geral a do cavalo de Troia, mas vale recordá-la, apesar de já ter sido contada em filme e em versos.
Pode não ser verdade, mas tem sentido quando falamos de estratégia. “O Cavalo de Troia foi um grande cavalo de madeira construído pelos gregos durante a Guerra de Troia, como um estratagema decisivo para a conquista da cidade fortificada de Troia”.
Podemos usá-la no caso brasileiro, lembrando o que já foi proposto pelo lendário General Golbery do Couto e Silva, na década de 60: que o nosso setor industrial, com grande potencial de crescimento, poderia ser naquela época a nossa estratégia na geopolítica mundial.
Se voltarmos novamente para a História, podemos lembrar a importância das navegações inglesa, espanhola e portuguesa no processo geopolítico; os norte-americanos sabendo aproveitar o espaço no mercado, deixado pelo enfraquecimento europeu após a Segunda Guerra Mundial; nos anos oitenta, japoneses e coreanos priorizando a educação e a tecnologia; e a China, que, começando com produtos de baixa qualidade e preços competitivos, os quais ocuparam espaços nunca imagináveis, agora disputa com os Estados Unidos da América o primeiro lugar no ranking mundial.
Mas o Brasil não precisa e nem deve disputar na mesma “raia”.
Acreditamos que temos oportunidade de estar ao lado dessas potências no jogo geopolítico.
O primeiro passo seria: se vamos prover o mundo com alimentos, não pode ser com commodities, mas sim industrializados e comercializando itens não necessariamente produzidos somente em solo brasileiro.
Temos um bom exemplo, o da carne bovina, o qual, excetuando o envolvimento político, pode ser classificado como um case de sucesso, pois o setor ocupou espaço em todos os mercados.
Hélio Mendes – Professor e Consultor de Planejamento Estratégico e Gestão Quântica nas áreas privada e pública www.institutolatino.com.br
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