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AGRONEGÓCIO E O PROJETO DE NAÇÃO

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O Projeto de Nação, construído por três institutos: Sagres, General Villas Bôas e Federalista, nos chama atenção pela importância do Agronegócio na construção do País e sua participação na nova geopolítica.

Apresenta uma melhor alternativa: em vez de sermos apenas a grande fazenda do mundo, e a China, a grande fábrica, o Brasil tem condições de ser também a grande fábrica – se o setor privado e o governo seguirem esse projeto. Mas  é necessário  os brasileiros entenderem que já somos uma grande nação e que um povo desunido é um povo fraco, ou seja, a importância da coesão interna e da liberdade, em todo sentido.

Duas provas irrefutáveis dessas afirmações: o Agro cresceu em plena pandemia, enquanto os demais setores sofreram o impacto do período. A outra são as previsões, por exemplo: “o USDA – Departamento de Agricultura dos Estados Unidos projeta que o mundo deverá aumentar a produção de alimentos para atender ao crescimento da demanda até 2026/2027. O Brasil é o país que mais ampliará a produção, com previsão de aumento de 41% no período”. Isso nos dá uma vantagem competitiva global.

O mundo digital está transformando a cultura mundial. O ministro da Economia Paulo Guedes declarou recentemente: “Somos uma grande nação, e um dos motivos é que já somos o quarto mercado digital do mundo e o primeiro das Américas. Temos uma posição estratégica e a maior capacidade de receber investimentos e um povo diferenciado”.

Porém, sem um Projeto de Nação, sem coesão interna, sem liberdade e segurança para produzir, não conseguiremos ser a grande fábrica do mundo – e ainda corremos o risco de continuar sendo a grande fazenda.

As invasões no campo não podem voltar. Precisamos de governos que deem liberdade e segurança jurídica, como temos no momento. Paralelamente é importante reconhecer que as duas principais fraquezas do País estão na qualidade de gestão (não só no setor público) e da classe política. Que a principal ameaça está no desrespeito à nossa Constituição. E que o maior desafio está na transformação cultural.

Nesse contexto, o Agronegócio é  uma nova alternativa para o Brasil passar de país em desenvolvimento para desenvolvido. Com um Projeto de Nação, podemos ser a fazenda e a fábrica do mundo.

 

Hélio Mendes – Consultor de Estratégia e Gestão, professor da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, com curso de Negociação pela University of Michigan, Gestão Estratégica pela University of Copenhagen e Fundamentos Estratégicos pela University of Virginia. [email protected]www.institutolatino.com.br

 

[email protected] www.revistadiaria.com.br

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