Essa semana está sendo pródiga em decisões que provocam ajustes e reavaliação de acordos políticos no ambiente eleitoral do Distrito Federal.
Como mais impactante evento para a política brasiliense, o STJ rejeitou os pleitos para suspensão das condenações do ex-governador José Roberto Arruda (PL), mantendo sua inelegibilidade.
Essa decisão acaba com as especulações sobre sua pré-candidatura, reduz significativamente as possibilidades de chuvas e trovoadas no ambiente político da situação e contribui para a tranquilidade na construção da nominata.
O grupo político construído ao redor do Governador Ibaneis Rocha (MDB) passa a ter ambiente de temporária calmaria para planejar as ações da campanha.
Pelo lado da oposição, ocorreu exatamente o contrário com a decisão da Federação PSDB/Cidadania de entregar ao Presidente do PSDB local, Senador Izalci Lucas, a coordenação da legenda regional, o que pode provocar abalo sísmico entre seus membros.
A lógica eleitoral sugere que o Senador Izalci Lucas (PSDB), já lançado pré-candidato ao GDF, não se limite à chapa puro-sangue e, no mais provável dos cenários, com o objetivo de atrair apoio de outras legendas poderá oferecer cargos da chapa majoritária aos desejados novos aliados.
Nessas eventuais propostas reside a possibilidade de terremoto, pois terminará restando para o Cidadania somente as pré-candidaturas para a Câmara Federal e para a Câmara Distrital.
De outro modo, a deliberação por uma chapa puro-sangue poderá trazer harmonia à federação, mas certamente restringirá seus apoios políticos e, consequentemente, suas chances de sucesso no pleito.
Agrava a divergência entre os federados o agora indesejado acordo de parceria política costurado pelo Cidadania com o União Brasil para a chapa majoritária.
As negociações do União Brasil para composição da nominata passam a ter novo interlocutor, o coordenador da federação, e novos contornos pela determinação da federação de concorrer ao GDF.
Portanto, a dinâmica eleitoral sinaliza, em cenário mais radical, que não restará alternativa ao União Brasil a não ser a imediata substituição do Cidadania na nominata.
Obviamente que outros cenários podem ser construídos, a depender do grau de despojamento colocado na mesa de negociações.
À primeira vista, a decisão da Federação PSDB/Cidadania fragmenta a oposição brasiliense.