Alta produtividade e inovação dependem de confiança
Em pleno século XXI, na era das empresas e cidades inteligentes, com a maioria das pessoas do mundo conectadas, interagindo 24 horas, sem limites para parte significativa das atividades, ainda temos organizações do início do século XX.
Na verdade, temos pessoas desse tempo.
São as que insistem no formato de empresa pirâmide, no qual o conhecimento pertence a um grupo de iluminados que nem sempre possuem competência para o cargo e nele permanecem porque essas organizações não têm sistema de avaliação de desempenho.
Se forem avaliados, ficarão poucos.
O principal requisito é cultural, comportamental, pois as ferramentas para que as instituições se tornem de alta produtividade e inovadoras já existem; mas, um dos obstáculos é a falta de confiança. Por esse motivo, há um excesso de controles.
Muitos só se sentem seguros se estiverem fiscalizando o colaborador, vendo os estoques, recebendo relatórios e fazendo reuniões, e só compram de fornecedores que têm selo de qualidade. É uma aberração o que acontece na maioria das empresas – e quem paga é consumidor.
Tudo depende do modelo mental dos empreendedores. É nesse aspecto que deve começar a mudança, adotando-se um sistema em que a confiança seja a base da administração.
As pessoas serão contratadas com princípio nesse valor, para trabalhar em um sistema no qual os erros serão considerados como tentativas de melhoria, porque ninguém erra por querer dentro de uma organização onde a confiança é o alicerce da gestão.
Hélio Mendes – Consultor de Estratégia e Gestão, professor da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, com curso de Negociação pela University of Michigan, Gestão Estratégica pela University of Copenhagen e Fundamentos Estratégicos pela University of Virginia. [email protected] – www.institutolatino.com.br
