ARTIGO
ANIVERSÁRIO DA GUINADA BARRENSE?
Barra do Piraí chega ao 134º aniversário atravessando uma crise sem precedentes. O município foi submetido a um incomum evento climático, com chuvas e enorme volume de água, inundando ruas, provocando queda de encostas, destruição de estradas e, infelizmente, desmoronamento de prédio com perda de vidas.
Município outrora pujante, Barra do Piraí pode utilizar o preocupante cenário atual para instigar reflexões que culminem em reconstrução econômica e resgate da qualidade de vida. Especialmente em ano eleitoral.
Sem sombra de dúvida, o barrense é, e será sempre, o centro das atenções das possíveis administrações públicas e, portanto, sua capacitação, seu bem estar e seu acesso ao emprego são prioritários.
Contudo, não é privilégio de Barra do Piraí ser pressionada pelo desemprego, consequência de um conflito predatório entre o aumento populacional e o avanço tecnológico. O crescimento da população, mesmo em desaceleração, estimula a demanda por emprego, enquanto do outro lado da equação, o avanço da tecnologia eleva a produtividade, reduzindo a necessidade do trabalhador. O ser humano está perdendo utilidade nos processos, resultando em considerável queda na oferta de emprego.
Esse fenômeno não ocorre na União, nem no Estado. Ele ocorre no município. Consequentemente, a preparação do município determinará suas chances de sucesso.
Considerando que eleições, em tese, sugerem soluções, 2024 pode significar o turning point para Barra do Piraí.
Diversas medidas circulam na imaginação do barrense e se insinuam para os programas de governo em gestação nos partidos políticos, em especial:
– reduzir a dependência financeira do município.
– acelerar o crescimento do PIB.
– minimizar despesas públicas.
– estimular o consumo de produtos “made in Barra”.
– desestimular/dificultar o consumo de produtos “importados”, concorrentes dos produtos “made in Barra”.
– garantir competitividade aos alunos barrenses.
– impulsionar produção rural.
Pelo lado do Poder Legislativo, em grande dificuldade de independência, a Câmara de Vereadores, pela sua importância, cumprirá seu papel ao conseguir alguma representatividade.
Por fim e no final das contas, que o síndico escolhido seja capaz de interpretar e realizar os anseios do município.
Por: Luiz Bittencourt | Revista Diária
Luiz Bittencourt – Eng. Metalúrgico/UFF; M. of Eng./McGill University/Montreal/Canadá; Pós-graduado em Comércio Exterior/Universidade Mackenzie/SP; Consultor em Relações Institucionais.