Iniciam-se as articulações para a montagem das equipes que integrarão os próximos mandatos, tanto de Presidente da República, como de Governadores, mesmo em casos de reeleição.
No Distrito Federal, o Governador Ibaneis Rocha (MDB), reeleito em primeiro turno com expressivo apoio do brasiliense e confortável poder político-eleitoral, deve coordenar uma composição que lhe garanta maioria na Câmara Legislativa para aprovação dos projetos de interesse da capital federal.
PL, com 4 Deputados Distritais eleitos, PT e MDB com 3 eleitos cada um, PSD, PSol, AGIR e PP, com 2 eleitos cada um, perfazem metade mais 2 da Câmara Legislativa, porém a incompatibilidade ideológica com PT e PSol (ambos com total de 5 eleitos) exigirá composição da base do executivo com outros partidos com 1 deputado eleito (Republicanos, PMN, União e Avante).
Portanto, desconsiderando os partidos que certamente farão oposição ao próximo mandato do Governador do DF (PT, PSol, Cidadania e PSB, conjunto com 7 deputados eleitos), Ibaneis Rocha terá 17 eleitos (ou 9 legendas) com os quais poderá se articular e aprovar projetos.
O cenário resultante do pleito de 2022 oferece confortável grau de liberdade ao governador para a construção de parcerias políticas.
Esse ambiente não se repete para o Presidente da República eleito.
Lula (PT) encontrará um Congresso hostil às suas propostas e, justamente por essa percepção, já busca conversas com PSD, União Brasil e MDB para construir maioria no parlamento.
O convencimento desses 3 partidos, oferecerá à Lula a possibilidade de ter 265 cadeiras na Câmara Federal e 43 Senadores na sua base política.
Sérgio Moro, eleito Senador da República pelo União Brasil, pode ser um empecilho de complexa solução.
De todo modo, cresce muito o poder de negociação desses três partidos, todos muito bem estruturados na capital da República e com excelentes quadros no país e no Distrito Federal, representando oportunidade da contribuição de brasilienses para a próxima gestão nacional.
As conversas e definições já se iniciaram, na etapa de transição e de construção de um novo projeto, tanto para o Distrito Federal, quanto para o país.