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BAIXO PADRÃO COMPETITIVO BARRENSE É ESCOLHA PRÓPRIA

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ARTIGO

BAIXO PADRÃO COMPETITIVO BARRENSE É ESCOLHA PRÓPRIA

 

A baixa capacidade de competir de Barra do Piraí pode, equivocadamente, sugerir cumplicidade entre os desempenhos competitivos do município, do Estado do Rio de Janeiro e do Brasil.

Divulgado essa semana pelo Institute for Management Development – IMD, com sede na Suiça, o Brasil se posicionou em 62º lugar do Ranking de Competitividade Global, em amostra com 67 países, superando apenas Peru, Nigéria, Gana, Argentina e Venezuela.

De acordo com a Fundação Dom Cabral, parceira do IMD na elaboração do levantamento, as principais fragilidades brasileiras estão na infraestrutura/logística, conhecimento, tecnologia, políticas educacionais (formação profissional e técnica para o mercado de trabalho) e gestão. Contudo, chama a atenção, e explica em grande parte o baixo desempenho brasileiro, o fato de o Brasil se colocar em penúltimo lugar na avaliação de critérios fundamentais como educação básica, secundária e universitária.

É nesse ambiente de competitividade extremamente baixa, que o Estado do Rio de Janeiro compete e foi classificado em 11º lugar em avaliação realizada pelo Ranking de Competitividade dos Estados de 2023, elaborado pelo Centro de Liderança Pública – CLP, abrangendo o Distrito Federal e os 26 estados da federação. Em notas de zero a dez, o estado fluminense obteve todos os resultados abaixo de 5,0, para critérios essenciais como Infraestrutura, Segurança Pública, Educação, Capital Humano e Solidez Fiscal. Consequentemente, o Estado do Rio de Janeiro alcançou competitividade inferior às obtidas pelos estados das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul, superando somente os estados das regiões Norte e Nordeste.

Em clima de baixa exigência competitiva, Barra do Piraí se posicionou na 16ª posição, metade do Ranking de Competitividade dos Municípios de 2023, em amostra contendo 31 municípios fluminenses. Considerando a região Sul Fluminense, onde os municípios Angra dos Reis, Barra do Piraí, Barra Mansa, Resende e Volta Redonda foram avaliados, a mais baixa capacidade competitiva é a barrense. Nessa região, Barra do Piraí possui o mais baixo PIB per capita, a mais baixa população, a mais baixa cobertura de saneamento e de abastecimento de água, a mais elevada dependência fiscal, a mais baixa qualidade na educação, o mais baixo padrão salarial e se coloca no último lugar em capital humano (qualificação da mão-de-obra e produtividade) e em dimensão econômica. Difícil competir quando o diagnóstico revela tamanho desnível regional.

Preocupa o fato de o desfavorável quadro do município se deteriorar com a manutenção, em escolha do próprio município, da zona de conforto estabelecida pelo fictício lema “faremos tudo que seu mestre (estado/União) mandar”. A consequência é opressora dependência exorcizando ações criativas que poderiam impulsionar competitividade.

Por outro lado, país e estado com baixa competitividade não impedem que qualquer município seja competitivo.

Entender o diagnóstico, exercitar autonomia, estimular criatividade e abandonar a limitante zona de conforto podem se constituir em eficiente começo para as soluções de que Barra do Piraí necessita.

Por: Luiz  Bittencourt:

Luiz Bittencourt – Eng. Metalúrgico/UFF; M. of Eng./McGill University/Montreal/Canadá; Pós-graduado em Comércio Exterior/Universidade Mackenzie/SP; Consultor em Relações Institucionais.

 

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