Fevereiro de ano eleitoral e já se percebe relevantes ações políticas no município. Prefeito anuncia, com pompa e circunstância, filiação à nova agremiação política e possíveis pré-candidatos se articulam e se manifestam na busca de apoios populares.
Sem grande chance de errar, as manifestações políticas devem avançar em autoelogios a realizações passadas e em críticas à adversários, como por exemplo, falta d’água, ônibus quebrados, gestão temerária em unidades hospitalares, baixa qualidade dos serviços públicos, etc., approach que, desde sempre, faz parte do jogo.
Não resta dúvida de que solução para todos esses desconfortos é extremamente importante para a população, contudo, é relevante também perceber que o município necessita muito mais do que a correção desses problemas.
O município necessita de futuro, cuja construção tem na economia a sua essência.
Não é de hoje que a economia barrense tem crescido a taxas muito baixas, pressionando a participação do município na economia regional e inviabilizando a concorrência com seus pares. Penalizada por desemprego e baixo padrão salarial, Barra do Piraí necessita investimentos para crescer e gerar empregos. Sem recursos naturais e em situação fiscal que elimina a possibilidade de investimentos públicos próprios, o município depende da compaixão federativa e de atração de investimentos, exclusivamente viabilizada por capacidade competitiva.
O que fazer?
Nessa fase de transição administrativa, o eleitor pode contribuir para o reencontro de Barra do Piraí com o desenvolvimento considerando candidaturas que proponham estruturação do crescimento econômico do município, abrangendo, entre outros, governança no serviço público, regulamentação do combate a corrupção, estímulo à produção, ganhos competitivos, avaliação de desempenho e profissionalização.
Negligenciar o crescimento econômico, atitude que tem se mostrado nefasta ao longo de décadas, é sinalizar a manutenção ad aeternum do desemprego, falta d’água, ônibus quebrados, enchentes surpreendentes, baixo padrão salarial, inchaço da máquina pública e outras indesejadas características bastante conhecidas pelos barrenses.