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Bioeconomia no Brasil.

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A bioeconomia é o futuro do mundo, mas depende do Brasil, onde já faz parte do presente.

Para muitos ainda é um tema desconhecido, entretanto, de acordo com dados da ONU, movimenta dois trilhões de euros por ano e emprega 22 milhões de pessoas. É um dos temas do Projeto de Nação.

Depende do nosso País, porque até 2050 é desafio global alimentar 10 bilhões de habitantes, sendo que um bilhão de seres humanos ainda passa fome. “O Brasil é detentor de cerca de 20% da biodiversidade do planeta, a maior do mundo” – e quando se trata desse item estamos em nível mais alto do que muitos países desenvolvidos.

A natureza que herdamos nos permite produzir comida, energia limpa, remédios e defensivos naturais de forma sustentável, através da bioeconomia.

A bioeconomia é a evolução da economia linear. Explora matérias-primas renováveis, diferindo da energia vinda de fontes fósseis, que degrada e não é renovável. Entre muitos exemplos, citamos o do cana, que gera o etanol e, como exemplo da linear, está o petróleo.

O governo atual tem priorizado esta área. Há programas em andamento nos ministérios da Agricultura, de Ciência e Tecnologia, de Minas e Energia; na Embrapa; e em várias universidades. O setor privado tem feito a sua parte.

Não estamos parados em relação às duas áreas com que o mundo mais se preocupa e demanda, alimento e energia. Na primeira temos área para produção e, na segunda, temos a mais limpa.

Dispomos de muito espaço para crescer. A maioria dos nossos produtos exportados ainda é composta por commodities. Usamos reduzida quantidade de processos, o que gera poucos produtos, diferentemente do setor industrial.

Um alerta: a sustentabilidade muitas vezes é empregada com viés ideológico ou pelos concorrentes do Agronegócio brasileiro. “Não existe desenvolvimento que não seja sustentável: se não é sustentável, não é desenvolvimento” – esse é conceito utilizado pelo Agro nacional.

Não podemos esquecer que nos quesitos cuidado com o meio ambiente e criação e uso da tecnologia o Brasil vem se destacando, porque temos os melhores produtores do mundo. A Europa, considerada o berço da civilização, já teve muito do que desfrutamos hoje – e não preservou.

Hélio Mendes – Consultor de Estratégia e Gestão, professor da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, com curso de Negociação pela University of Michigan, Gestão Estratégica pela University of Copenhagen e Fundamentos Estratégicos pela University of Virginia. [email protected]www.institutolatino.com.br

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