Chegamos, aos trancos e barrancos, ao final do ano de 2020 brasileiro, ainda com resquícios do terror pelo Covid-19 disseminado ao longo do ano e com conveniente recaída no apagar das luzes desse ano.
A história desse vírus, no Brasil, começou em março, com o início dos óbitos (201) e o estabelecimento do estado de calamidade pública, criado por Decreto em 20 de março, com validade até hoje, 31 de dezembro.
Em curto período de três meses, necessário para mínima organização dos governos estaduais e municipais, não só os óbitos pelo Covid-19 explodiram em junho, como também a construção de hospitais de campanha, a aquisição de respiradores, máscaras, álcool, etc., todos, obviamente, sem licitação.
A partir daí, com o estímulo garantido, a dinâmica letal do vírus se acomodou e iniciou constante queda mensal nos óbitos, porém em patamar que mantinha viva a necessidade da calamidade pública.
Até que chegamos a dezembro. Mês de elevada temperatura, desfavorável a proliferação do vírus, mas, fatidicamente, mês de encerramento da vigência do decreto que estabeleceu o estado de calamidade pública.
Em um passe de mágica, o vírus acorda e reativa seu modo letal, elevando os óbitos no mês ao patamar de três meses atrás (setembro).
Está, portanto, criado o clima propício ao terror midiático e a grita geral pela renovação do estado de calamidade pública.
Se, por outro lado, avaliarmos o Covid-19 por dados relativos e em ambiente internacional, verifica-se convergência geral, ao redor de 3%, para a Taxa de Letalidade. Em outras palavras, nos diversos países considerados e no consolidado do mundo, os óbitos correspondem a 3% dos contaminados.
TAXA DE LETALIDADE DO COVID-19 EM PAÍSES SELECIONADOS
Verifica-se, também, que a curva brasileira se mantém na horizontal, sem qualquer alteração de curso. O salto de óbitos por Covid-19 “ocorrido” no Brasil não promoveu qualquer alteração significativa na Taxa de Letalidade.
Registre-se também o fato, segundo o Portal da Transparência de Registro Civil, da inusitada redução, de 2019 para 2020, dos óbitos no Brasil por insuficiência respiratória, septicemia, pneumonia, AVC e infarto.
Parece que o Covid-19 se abrasileirou.
REVISTA DIÁRIA
BRASIL, EMPRESAS, POLÍTICA, INTERNACIONAL, ECONOMIA, COMÉRCIO EXTERIOR, CIDADE, GASTRONOMIA,BELEZA, SOCIEDADE, TURISMO, ANIMAIS, ENTRETENIMENTO