Começou a corrida eleitoral, com alternativas para os mais variados gostos, porém, o eleitor deve fazer uma avaliação e escolher o que melhor atende suas necessidades.
Um bom começo, seria entender quais são os principais problemas atuais do Distrito Federal.
A mais evidente deficiência do DF está na área da saúde. Não há brasiliense satisfeito com o atual sistema de saúde do Distrito Federal, que não oferece a menor confiança ao se mostrar deficiente em profissionais (médicos e enfermeiros) e em medicamentos.
A ineficiência do serviço de saúde do DF é exagerada, passou dos limites minimamente aceitáveis, causando riscos para a população.
O problema não é de recursos, mas é claramente de gestão.
Além da saúde, a área social encontra-se desamparada, bastando verificar as desumanas filas dos CRAS. Com um contingente de quase 1,8 milhão de pessoas (60% da população) com algum grau de insegurança alimentar, a estrutura do CRAS não é compatível com a demanda. A elevação do número de funcionários não é solução porque a deficiência mais uma vez está na gestão.
A capacidade de honrar os compromissos financeiros do brasiliense está em vertiginosa queda. Cerca de 1,2 milhão de pessoas (40% da população) estão inadimplentes no Distrito Federal, com dívida média de cinco salários mínimos (Serasa).
Aqui o problema está na carência de políticas públicas para ampliar o crédito, acopladas ao fomento de um ambiente de negócios que promova a geração de emprego e renda, reduzindo a dependência do serviço público. A solução, mais uma vez, está na gestão.
O desemprego no Distrito Federal alcançou, no segundo trimestre de 2022, a taxa de 11,5% (IBGE), o que equivale a 260 mil brasilienses sem produzir e sem receber, exigindo do poder público políticas para ampliação na geração de empregos. O resultado não é confortável, quando comparado com 9,3% alcançado pelo país, ou ainda 3,9% obtido por Santa Catarina.
Urge incentivar empreendedores a investir no DF. Sem empregadores, não há empregos. Outra vez, a solução está na gestão voltada para o crescimento econômico capaz de gerar emprego e renda.
Na educação é preciso mais transparência na divulgação de resultados. A sociedade brasiliense necessita conhecer, além da quantidade e da frequência, a qualidade do produto que o sistema de ensino público está entregando.
Diante de um quadro de flagrante ineficácia, chegou a hora do eleitor se perguntar: entre os candidatos ao GDF, qual deles pode entregar a gestão que o brasiliense necessita e deseja?