A tentativa de fragilizar o Fundo Constitucional do Distrito Federal – FCDF continua gerando enorme preocupação no meio político e em toda a sociedade brasiliense, pelo possível desastre que significará para as finanças e, consequentemente, para o futuro da capital.
O desmonte do FCDF certamente não é obra de geração espontânea e sua construção tem, como em tudo na vida, um objetivo específico, ainda não muito claro.
Não se sabe bem porque, um deputado federal do estado da Bahia decide (por conta própria?) que o FCDF, desconsiderando todos os outros Fundos, é um dos motivos do desequilíbrio fiscal nacional e propõe nova fórmula de cálculo que reduz significativamente o seu orçamento. E o faz com tal convicção que a imediata e enérgica reação de todo o meio político da capital federal está sendo insuficiente para demove-lo da proposta.
Ato contínuo, um dos mais importantes membros da equipe ministerial emite juízo de valor depreciando o Distrito Federal. Lembremo-nos de que ministros são representantes legais do Executivo e suas manifestações se confundem.
A fala de um Ministro é mensagem do Executivo.
Para tornar mais complexo o entendimento do imbróglio, o deputado federal e o Ministro mencionados são do mesmo estado.
Como em todo problema, a solução começa pela identificação das causas, todas as atuais inconsistências na proposta e coincidências de atores ainda não permitem clara visão sobre a real intenção do formulador, esteja ele visível ou oculto.
No meio de tantas incertezas, há até quem aposte em “bode na sala”.
Aguardemos os próximos capítulos.