O Estadão publicou recentemente análise sobre cenários da economia brasileira onde, com exagerado pessimismo, prevê onda de inadimplência e quebra de empresas, consequência do desequilíbrio fiscal encorajado pelo confinamento e agravado pelo fim do auxílio emergencial.
Em que pese a elevada carga de pessimismo, a expectativa merece especial atenção, pois o equívoco da exacerbada quarentena não pode restar impune. O desemprego, que já atormentava como inconveniente legado de, no mínimo duas décadas de desvios morais e enganos administrativos, vinha sendo paulatinamente dominado, mas ganhou reforço no hoje contestado e pernicioso isolamento.
Revelações tardias contribuem para crescente entendimento de que as restrições impostas não guardaram proporcionalidade com o real impacto causado pelo Coronavirus. O vírus foi superdimensionado e a amplificação fomentou, por todo o país, caça ilegal a recursos públicos, alastrando incontrolável onda de corrupção e suborno nas áreas da saúde estadual e municipal.
Essa danosa relação, fortaleceu a conveniência da quarentena que reduziu diversas atividades econômicas, inflou ocorrência de falências e consequentes desempregos e nos remete, agora, aos cenários descritos pelo Estadão.
A maléfica consequência do exorbitante isolamento chega às vésperas das eleições nos municípios, nos quais os respectivos prefeitos impuseram a quarentena e impulsionaram o desemprego. Muitos dos responsáveis pela angústia que se aproxima estão na corrida pela reeleição.
Diante desse diagnóstico, não resta alternativa ao eleitor do que ponderar a conveniência de manter no comando da administração de seu município o autor da inconsequente adversidade.
A conta da irresponsabilidade está chegando e o eleitor tem o poder da cobrança!