Acreditamos que há unanimidade em relação à importância de se planejar. Mas, por que não é levado a sério? Pesquisas mostram que isso acontece por uma questão cultural: as três esferas de governo não adotam planos estratégicos de longo prazo e até os planos diretores das cidades, que passaram a ser exigidos pela Constituição de 1988 para municípios de mais de 20 mil habitantes, elaborados e aprovados em suas Câmaras Legislativas, não são executados.
No setor empresarial não é diferente. A gestão é dedicada ao curto prazo, ao dia a dia e, no máximo, com horizonte de um ano. No Agro, consideram um, no máximo dois anos, o que não é bom. É como dirigir um carro utilizando apenas o farol de luz baixa, mas a luz alta é que permite andar com segurança em alta velocidade.
Alguns questionam: “Não adiantam metas de 5, de 10 anos, tudo muda…”. Pode – e devem-se – elaborar metas até de 100 anos. O importante é atualizá-las uma vez por ano ou quando acontece algo no cenário.
Outro ponto importante: na primeira vez que é realizado pela empresa, o planejamento deve ser simples, porque todo planejamento é também uma ferramenta de aprendizado, e um dos objetivos é colocar todos olhando para a mesma direção. É pertinente citar uma frase de Antoine de Saint-Exupéry: “Amar não é olhar um para o outro, é olhar juntos na mesma direção”.
Por incrível que pareça, não é o que acontece na maioria das organizações. Há uma guerra interna, departamentos colocam seus interesses acima de interesses maiores, de forma premeditada, ou por ignorância.
Hélio Mendes – Consultor de Estratégia e Gestão, professor da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, com curso de Negociação pela University of Michigan, Gestão Estratégica pela University of Copenhagen e Fundamentos Estratégicos pela University of Virginia. [email protected] – www.institutolatino.com.br
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