ARTIGO
Fatores que Influenciam a Concentração Setorial
Até a década de 1990, o setor frigorífico sofria com uma alta taxa de mortalidade de empresas, decorrente de sua fragmentação e da falta de organização eficiente. A rentabilidade que poderia ser alcançada era então absorvida pelos elos subsequentes da cadeia, principalmente pelas redes de supermercados. Sobreviviam apenas os frigoríficos capazes de exportar, enfrentando um ambiente de mercado adverso. O setor tornou-se competitivo após adotar uma estratégia de concentração e pensar globalmente.
Hoje, o setor pecuário e outros segmentos da economia nacional encontram-se na mesma situação precária que os frigoríficos enfrentavam antes de se reestruturarem. Para prosperar, é necessário que se organizem, desenvolvam projetos de longo prazo, adotem modelos de gestão empresarial eficazes, realizem lobby e busquem parceiros internacionais, reconhecendo que, no cenário global, prevalece a busca pela lucratividade em detrimento do cooperativismo.
Atualmente, a concentração setorial emerge como uma estratégia cada vez mais adotada, essencial para competir em um mercado global dominado por grandes conglomerados empresariais. Os produtores de menor escala, inseridos em um setor concentrado, devem explorar estratégias para atender nichos de mercado internacionais, associar-se por meio de cooperativas ou associações e adotar práticas gerenciais utilizadas por grandes corporações.
Este é o cenário delineado para setores que buscam relevantes e competitividade no mercado global.
Hélio Mendes é autor de “Planejamento Estratégico Reverso” e “Marketing Político Ético”. Ele atua como consultor de empresas e já foi secretário de planejamento e meio ambiente na cidade de Uberlândia/MG. Além disso, é palestrante em cursos de pós-graduação e na Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, além de membro do Instituto SAGRES – Política e Gestão Estratégica Aplicada, em Brasília.
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