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GESTORES EM XEQUE-MATE

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ARTIGO

Gestores em Xeque-Mate: A Ineficácia dos Modelos Tradicionais de Gestão

 

O mercado tem emitido sinais claros aos gestores há algum tempo, alertando-os sobre a obsolescência dos modelos de gestão centralizadores e hierárquicos. No entanto, muitos ainda persistem em se apegar a estruturas antiquadas, similares a pirâmides, que datam de mais de um século. Embora mudar paradigmas consolidados seja tão desafiador quanto aprender a escrever com a mão não dominante, a realidade é que a longevidade em uma posição não é sinônimo de eficácia ou sabedoria.

É preocupante observar que a maioria dos gestores ainda prefere manter suas salas com portas fechadas, perpetuando discrepâncias salariais que se tornaram insustentáveis e fomentando um clima de desconfiança. Isso ocorre em uma era em que o trabalho remoto se estabeleceu como um padrão viável e a inclusão se tornou uma prática esperada nas organizações. Além disso, muitos ainda abordam o lobby como uma ferramenta de captação, ao invés de adaptação.

A citação de Charles Darwin nunca foi tão pertinente: “Não é a espécie mais forte ou mais inteligente que sobrevive, mas aquela que melhor se adapta às mudanças.” No entanto, os maiores obstáculos à mudança muitas vezes são aqueles gestores que se mostram arrogantes, acreditando que tudo depende exclusivamente deles e subestimando a contribuição de seus colegas. O desafio é que cada organização deve desenvolver seu próprio modelo de gestão, um processo artesanal que integra as tecnologias mais avançadas disponíveis.

O trabalho em equipe é crucial, mas equipes eficazes não existem sem boas lideranças. A falha em reconhecer essa dinâmica pode levar a um verdadeiro xeque-mate organizacional, onde a inércia e a resistência à inovação prenunciam o declínio inevitável. É imperativo que os gestores reflitam sobre essas realidades e se adaptem, para que possam liderar com eficácia em um mundo em constante transformação.

 

HÉLIO MENDES

Hélio Mendes é autor de “Planejamento Estratégico Reverso” e “Marketing Político Ético”. Ele atua como consultor de empresas e já foi secretário de planejamento e meio ambiente na cidade de Uberlândia/MG. Além disso, é palestrante em cursos de pós-graduação e na Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, além de membro do Instituto SAGRES – Política e Gestão Estratégica Aplicada, em Brasília.

SUGESTÃO DE LEITURA: BRASIL: UM ESTUDO DE DESIGUALDADES E CONFLITOS GLOBAIS.

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