Este artigo tem por objetivo mostrar a evolução da nossa consultoria na área de Planejamento Estratégico e Gestão, fazendo uma metáfora com a escada: mesmo você passe de um degrau para outro, o anterior não deixou de ser importante.
O primeiro degrau foi o que iniciou a consultoria, no qual utilizamos As Cinco Forças de Porter. Período de 1985 a 1995, quando considerávamos também o macroambiente e estudos de cenários. Mas, a tecnologia da informação afetou tanto a estrutura setorial como a vantagem competitiva.
Em 1996 chegamos à conclusão de que coordenar e formatar o Planejamento Estratégico e entregá-lo aos clientes não era mais suficiente. Agregamos a prática de gerenciá-lo com a equipe – uma espécie de auditor externo do planejado, algumas vezes ocupando o cargo de conselheiro.
Em 2005, após um seminário com os autores do conceito da Estratégia do Oceano Azul, ampliamos a prática, passamos a adotar a visão de ir além do setor, a estratégia de como criar novos mercados e tornar o concorrente irrelevante, utilizando várias pesquisas.
Em 2010 iniciamos um estudo sobre Física Quântica aplicada à gestão, mas usando-o ainda de forma tímida, até sem citar o neologismo. Em 2013 começamos a utilizá-la com segurança, pois esta facilita aos gestores passagem para uma “caixa maior”.
Em 2018, agregamos mais uma prática – a de sensibilizar os clientes a estudar e valorizar a Geopolítica, em razão da agressividade das forças externas nos mercados internos, “onde não há amigos e nem inimigos, mas interesses”, constatando que as grandes mudanças vêm da dinâmica internacional, algo nada fácil.
Em 2020/21, no período da pandemia do coronavírus, fizemos uma reciclagem da metodologia. Após cursos nas principais universidades do mundo, passamos a nos dedicar mais à principal fraqueza das empresas, que são as equipes. Várias publicações vêm indicando a baixa produtividade delas e do País, nesse sentido.
Esta escada começou com Porter, foi reforçada por um modelo de gerenciamento, ampliada pela Estratégia do Oceano Azul e por pesquisas, mostrando que os princípios da Física Quântica são capazes de dar uma dimensão maior ao conhecimento organizacional; apontou a necessidade de reconhecer a importância da Geopolítica em razão da globalização e agora dá ênfase ao ponto mais fraco das organizações, o de criar equipes de excelência, por serem estas mais importantes do que a tecnologia.
Essa soma de conhecimento garante uma organização mais competitiva – lembrando que a maioria das empresas e faculdades de negócios ainda está no primeiro degrau.
Hélio Mendes – Consultor de Estratégia e Gestão, professor da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, com curso de Negociação pela University of Michigan, Gestão Estratégica pela University of Copenhagen e Fundamentos Estratégicos pela University of Virginia. [email protected] – www.institutolatino.com.br
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