O Programa Bolsa Família, criado com o discurso de transferir renda dos menos para os mais necessitados, se transformou em monumental fracasso ao não cumprir seus objetivos de exterminar com a pobreza no país, ao ser infestado de desvios e de fraudes e ao se tornar nefasto exemplo de assistencialismo.
O real objetivo do Programa nunca foi retirar pessoas da pobreza, mas sim transferir votos pela dependência do Estado.
Não há como contestar que a desigualdade não se reduziu no país, nos 16 anos de existência de um Programa populista e eleitoreiro.
Por todo esse período, o governo de plantão foi reduzindo as contrapartidas exigidas para acesso ao benefício, eternizando a dependência e, consequentemente, a compra de votos.
Não foi oferecida qualquer chance para o alcance da autonomia pelos beneficiários e seus dependentes.
Chegou a hora de encontrar uma porta de saída para esse engodo.
As Prefeituras, responsáveis pelo cadastro das famílias deveriam articular com os órgãos da União, responsáveis pelo programa, um modelo de gestão que reinserisse contrapartidas, período de vigência e permitisse utilizar beneficiários/dependentes do programa para prestar serviços às Prefeituras, com regras bem definidas, transformando passividade em crescimento e oportunidades.
A aplicação do modelo deve ser acompanhada por orientação prática, de forma a capacitar nova legião de prestadores de serviço, libertando-os da existência parasitária.
Tornar-se-iam cidadãos em condições de contribuir para o desenvolvimento do país.
A Itália já faz isso, com sucesso.
Todo recurso aplicado deve gerar retorno, especialmente o do contribuinte.
Luiz Bittencourt – Eng. Metalúrgico/UFF; M. of Eng./McGill University/Montreal/Canadá; Pós-graduado em Comércio Exterior/Universidade Mackenzie/SP.