À medida em que a Terra gira, o novo substitui o velho. Assim caminha a humanidade.
A evolução é natural, acelerada ou lenta, mas inexorável. A existência, dela necessita e a favorece. Tecnologia, ciência, inovação, inteligência artificial e tantos outros avançam ultrapassando obstáculos. Assim também é a democracia.
Pelas sinalizações, surge avanço para um modelo mais misericordioso e o novo Brasil, parte na frente, provavelmente na tentativa de assumir liderança internacional, lançando a pedra fundamental desse novo conceito.
A velha democracia, arcaica e rigorosa com seus líderes, caracterizava ditadura na pior das avaliações.
A evolução inaugurada pelo Brasil reserva um destacado lugar ao sol, também para esses tiranos, considerando-os “vítimas” do cruel sistema internacional vigente.
O primeiro passo desse inovativo critério foi dado essa semana. O Brasil recebeu, com todas as glórias disponíveis para um chefe de estado, a “honrosa” visita do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, persona não grata por grande parte da comunidade internacional. Mas bem vindo ao Brasil.
No nosso novo conceito de democracia, o Brasil de agora entende a destruição da economia venezuelana, a ausência de direitos humanos e a fome distribuída aos venezuelanos como consequência exclusiva do impiedoso bloqueio econômico imposto pelo imperialismo norte americano.
Essa avaliação não surpreende pois Castro já havia sido “vítima” dos mesmos algozes.
A nova democracia expande sua misericórdia e, agora, abraça e suporta, com o poder que se mostrar necessário, as “supostas” vítimas, independente do sofrimento e do desespero que causem aos seus povos.
O Brasil inova e imagina se tornar referência mundial ao pesar na mesma balança, com os mesmos direitos (sem incluir deveres, pois há muito tempo os deveres não pesam), democratas e tiranos, eliminando a desigualdade de tratamento.
Parece haver um esforço para a divulgação do “somos todos iguais”, bandidos e mocinhos.
Há quem concorde, mas essa é a nova “democracia”, criação brasileira.