O cruel jogo pelo poder
Aqueles que são de fato donos do poder estão, em sua maioria, num grupo de atores invisíveis para a maioria da população, a qual vive submetida a regras que vêm do ambiente macro, onde até os países são meras pedras de um grande tabuleiro.
Os atores nas áreas estadual e municipal são amadores nesse jogo. Todos estão sujeitos ao mercado global.
As megatendências e as regras são definidas pelos grandes grupos internacionais. São os que controlam e fazem as grandes jogadas – os mesmos que fizeram a velha ordem mundial e estão criando a nova.
Normalmente o grande jogo é rotulado como “teoria da conspiração”, sendo até mesmo tema de filmes de grande interesse da população. Entretanto, não é uma ficção. Há inclusive profissionais muito bem remunerados, alguns com título de lobistas. E os grandes não são identificados, porque o sistema é como um substantivo abstrato: sabemos que existe, mas não podemos pegá-lo.
Como esse jogo existe em todos os planos, ou seja, do internacional, que é o macro, indo de países até estados, municípios e instituições e empresas, ele afeta as nossas vidas. É essencial estudar e acompanhar os fatos, principalmente em anos de eleições.
No contexto brasileiro, em que as eleições ocorrem a cada dois anos, é importante saber quem são os candidatos e seus ideais, a que partido pertencem; quais grupos, empresas e pessoas serão os favorecidos depois do pleito. Não é possível mudar essa realidade, mas dá para melhorar um pouco no sentido de buscar caminhos para beneficiar mais a vida das pessoas.
Hélio Mendes – Autor de Planejamento Estratégico Reverso e Marketing Político Ético, consultor de empresas, foi secretário na área de Planejamento e Meio Ambiente da cidade de Uberlândia/MG. Palestrante em cursos de pós-graduação e da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra – ADESG. Membro do Instituto SAGRES – Política e Gestão Estratégica Aplicadas, de Brasília.