Não há dúvida: podemos comparar o governador Zema a Davi, que venceu Golias.
Zema saiu de Araxá, cidade modelo, bem mineira. Nunca tinha ocupado um cargo político. Sem apoio de grandes partidos, elegeu-se e fez um excelente mandato; na reeleição, também superou as mesmas dificuldades – a maioria dos deputados não aderiu totalmente à sua campanha e até alguns de seu partido tiveram essa atitude imperdoável.
Seu desafio continua e não vai conseguir realizar plenamente tudo o que propõe, apesar da sua competência e de seu idealismo, porque, como escreveu Guimarães Rosa, “Minas, são muitas. Porém, poucos são aqueles que conhecem as mil faces das Gerais”. É o estado com o maior número de municípios do Brasil, 853. Muitos não deveriam ter sido emancipados, uma vergonha. Um estado inadministrável.
Zema deve enfrentar nova ameaça.
Como é potencial candidato à presidência da República, não terá apoio significativo do governo federal, como teve do anterior. Algo que não deveria acontecer, mas, como a luta não é pela filosofia do poder, que visa o bem de todos, políticos medíocres terminam por colocar seus interesses acima do cidadão e do País. Entretanto, acreditamos que, por sua origem e valores, conseguirá mais uma vez resultados acima dos obtidos por outros que passaram pelo governo de Minas.