1º DE MAIO
DIA DA ESPERANÇA
Chegamos ao dia primeiro de maio sem estímulos para comemorar.
O trabalho, que nos distingue dos animais, nos torna independentes e muito nos orgulha, chega debilitado no dia em deveria ser homenageado.
Sua exuberância foi fortemente abalada por uma enxurrada de equívocos na tentativa de excluí-lo do cotidiano brasileiro sob o marketing da proteção.
As soluções restritivas inventadas pelos governantes não apresentaram qualquer eficácia, mas foram capazes de fragilizar as condições do trabalho.
A base dos equívocos está na concentração das voluntárias decisões em mãos de autoridades que independem do trabalho para receber seus salários. Invariavelmente, tanto quem decidiu, quanto quem apoiou as medidas, têm a garantia do depósito de seus vencimentos no final do mês.
Conceito não compartilhado pela iniciativa privada, principal alvo dos equívocos, onde a remuneração é a contrapartida da produção.
Sem alternativa, o previsível desastre se confirmou. Economia desacelerou, expressiva quantidade de empresas fechou as portas e o desemprego se alastrou.
O trabalho, eterno motivo de dignidade e de orgulho, foi abstraído em tênue esperança.
Sem união dos desempregados, essa mesma esperança caminha para desilusão.