Em razão da nossa experiência como produtor e consultor, podemos afirmar com segurança que o perfil das lideranças no setor de commodities é mais de realizador do que de estrategista.
O realizador persegue os objetivos estratégicos do seu cliente, controla bem a equipe, exige o cumprimento de metas, mas tem dificuldade em inovar, foca mais os processos do que a estratégia. A criação e as inovações têm ficado mais a cargo de seus fornecedores e clientes.
O estrategista tem o perfil transformador, é mais flexível, criativo, tem mais visão de mercado e do macroambiente, ou seja, acaba quebrando mais paradigmas e aceitando maiores desafios.
Mas se o setor de commodities quiser agregar valor, deverá mudar o perfil de suas lideranças, passá-las de realizadoras para estrategistas, atitude que o elevará a outro patamar de liderança, aquele que predomina em seus fornecedores e clientes, cuja maioria está fora do País.
Essa é uma aposta necessária, pois o estilo de liderança define o formato das equipes, a cultura e os valores das organizações, o que significa que equipes inovadoras constroem empresas mais competitivas e mais lucrativas.
Interessante é o fato de pequenas e médias empresas terem mais facilidade para transformar suas lideranças de realizadoras para estrategistas, porque as grandes cultivam sistemas mais rígidos, têm estrategistas na cúpula; porém, predominam na grande base meros cumpridores de metas.