O FUTURO DAS CIDADES BRASILEIRAS: UM CAMINHO DE QUALIDADE OU COLAPSO?
A maioria das cidades brasileiras cresce sem planejamento adequado, reflexo de um passado exploratório que continua até hoje. Enquanto outras nações foram construídas com visão de futuro, aqui prevaleceu o instinto de exploração, deixando um legado difícil de reverter.
Desde a capital até o menor município, o crescimento desordenado é resultado da falta de planejamento e de gestões ineficientes.
Prefeitos e secretários, muitas vezes, não possuem conhecimento básico de gestão pública, limitando-se a apagar incêndios administrativos.
Parte dos vereadores carece de preparo para exercer o cargo, o que complica a administração pública, apesar de receberem altos salários.
A população, fruto de um êxodo rural acelerado, muitas vezes desconhece o funcionamento de uma cidade, descartando lixo de forma inadequada, utilizando som alto e mantendo excesso de animais em áreas residenciais.
O sistema viário é insuficiente para atender ao crescimento da frota, gerando caos no trânsito, resolvido de forma paliativa com radares e quebra-molas, que pouco contribuem para solucionar o problema.
Muitas cidades não estão preparadas para lidar com o envelhecimento populacional nem com a chegada de novas tecnologias.
As leis, embora numerosas, frequentemente carecem de um processo educativo, transformando-se em fonte de arrecadação. Algumas, como as de uso e ocupação do solo, são amplamente ignoradas.
Novos bairros são construídos longe dos centros de trabalho e serviços, criando vazios urbanos e impondo custos elevados de manutenção ao poder público.
Cidades são organismos vivos que sofrem quando não são respeitadas, especialmente no que diz respeito ao meio ambiente.
Repensar o planejamento urbano é uma missão coletiva e essencial para garantir um futuro sustentável. Sem isso, o destino de nossas cidades continuará comprometido.