O Governo brasileiro está preparado para negociar com os Estados Unidos? Não!
Sun Tzu afirmou em A Arte da Guerra:
“Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece, mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas.”
É necessário adotar uma visão pragmática. O governo Lula não demonstra pleno conhecimento sobre si mesmo e tampouco sobre seus interlocutores. O cenário atual é de uma disputa que vai além da esfera econômica. O presidente enfrenta dificuldades para articular negociações com o Congresso Nacional, encontra-se refém do Supremo Tribunal Federal e lida com uma avaliação desfavorável. No contexto do comércio exterior, o Brasil mantém um papel secundário.
Na diplomacia, o ministro das Relações Exteriores tem sido ofuscado por Celso Amorim, cujo papel tem sido mais político do que técnico. A diplomacia exige profissionalismo e neutralidade, atributos que se perdem quando há um viés militante. Além disso, declarações que poderiam ser interpretadas como bravatas não fazem parte de um discurso diplomático adequado para um chefe de Estado. Diante desse cenário, o setor privado pode ser a melhor alternativa para conduzir as negociações, ainda que sua participação nas discussões estratégicas do país tenha sido limitada.
A postura adotada pelo presidente Lula nas relações internacionais tem sido marcada por alinhamentos ideológicos que contrastam com as tradições diplomáticas brasileiras e norte-americanas. O apoio a adversários políticos de Trump, a demora no reconhecimento do novo governo dos Estados Unidos e a aproximação com regimes como China, Venezuela e Cuba representam desafios que podem gerar consequências negativas para o Brasil.
Enquanto isso, Trump tem seguido exatamente o que prometeu. Com uma equipe bem estruturada, objetivos claros e poder de execução, seu governo demonstra preparo e estratégia. A conjuntura global não se trata apenas de negociações comerciais, mas de uma disputa de poder em novos formatos. O Brasil, por sua vez, precisa reavaliar sua posição se deseja obter vantagens nesse cenário.
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