O histórico recente mostra absorção pelo Patriota, em 2019, do partido PRP, união necessária para a sobrevivência de ambos à cláusula de barreira.
Na eleição de 2018, anterior a absorção, o partido Patriota elegeu 5 deputados federais e 16 deputados estaduais/distritais (total de 21 eleitos), enquanto o PRP elegeu 1 senador, 4 deputados federais e 12 deputados estaduais/distritais (total de 17 eleitos).
Após a união, o Patriota elegeu 49 prefeitos em 2020.
Em ambas as eleições, as performances, a despeito dos pequenos números envolvidos para a dimensão do país, foram dignas de registro, considerando os tamanhos dos partidos.
O caso do Distrito Federal é emblemático.
Vale lembrar de que o PRP foi o único partido político do DF a oferecer palanque ao então candidato Jair Bolsonaro, enquanto o Patriota, da época, trabalhava a campanha de seu candidato a Presidência da República, Cabo Daciolo.
De qualquer forma, os resultados das eleições no DF, em 2018, revelam o PRP apoiando Bolsonaro e elegendo um deputado federal e um distrital, enquanto o Patriota apoiava Cabo Daciolo e não conseguia nenhuma vitória.
Para um pequeno partido, com escassez de recursos e minúsculo tempo de televisão, o feito do PRP foi considerado extraordinário, cujo sucesso foi integralmente creditado a nominata construída pelo seu presidente regional, Adalberto Monteiro.
Claro, não havendo uma nominata forte, bem planejada, os eleitos não teriam angariado o número de votos necessários, para suas eleições.
Essa surpreendente façanha inseriu Adalberto Monteiro na seleta lista dos bruxos em nominatas, transformando-o em figura carimbada entre os dirigentes e em astro cobiçado por qualquer equipe partidária que almeje vencer.