O Brasil e Estados Unidos decidiram, recentemente, redirecionar seus eixos políticos, o Brasil pelas eleições presidenciais de outubro e os EUA pelas eleições de meio de mandato, realizadas em novembro.
A pergunta que faço no título se relaciona com as eleições municipais de 2024, que, pelos cenários político e econômico, deverão exigir do eleitor uma avaliação possivelmente mais acurada.
Diariamente os noticiários nos informam que ganham volume as divergências entre oriente e ocidente, causando até grave crise energética entre nações; que algumas potências econômicas correm sério risco de enfrentar recessão e que a China, motor da economia mundial, desacelera seu crescimento econômico. Como consequência, já vislumbramos horizonte nebuloso e futuras dificuldades para determinadas atividades produtivas.
Ao mesmo tempo, como se nada disso estivesse ocorrendo, a taxa de crescimento da população mundial não se altera.
Cenário preocupante, tanto econômico quanto socialmente, leva diversos países, incluindo o Brasil, a procurar autossuficiência energética e autonomia alimentar, visando segurança e independência.
Aparentemente inatingíveis pelos municípios, essas questões não fazem parte do cotidiano de Barra do Piraí, porém não resta dúvida de que em futuro próximo afetarão o dia a dia do barrense, especialmente no acesso aos produtos e nos preços.
Qual a posição do barrense? Deveria Barra do Pirai se engajar na conquista dessas autonomias?
Certamente há diversos temas que se apresentam mais atraentes e afetam as necessidades da população, mas é preciso reconhecer que a globalização vem rapidamente reduzindo distâncias e seria no mínimo prudente o barrense considerar também indicadores como esses ao definir sua próxima escolha.
Luiz Bittencourt – Eng. Metalúrgico/UFF; M. of Eng./McGill University/Montreal/Canadá; Pós-graduado em Comércio Exterior/Universidade Mackenzie/SP; Consultor em Relações Institucionais.