Neste momento é importante lembrar 2008 e 2009, quando a economia mundial enfrentou uma grande crise econômica, comparada à Grande Depressão dos anos de 1930. É interessante notar que os estrategistas das grandes empresas não conseguiram prever tal fato.
Por quê? Porque não estavam preparados para enfrentar o inesperado, semelhante ao que está acontecendo agora, com a guerra entre Ucrânia e Rússia, cujo efeito dominó está levando ao desequilíbrio a boa e intelectual Europa, berço da civilização ocidental.
Porém, há mais pontos de inflexão na crise atual: os desaquecimentos da China e da maior potência pós-Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos, com grandes conflitos internos políticos e econômicos.
Na América do Sul não está sendo diferente. Vários países, por má escolha política, caminham para uma grande recessão. O Brasil tem conseguido passar por essa crise, mas a questão é: até quando?
Como consultor de Planejamento Estratégico, sempre utilizo uma frase de Michael Hammer: “O problema de negócios na América é que está entrando no século XXI com empresas projetadas durante o século XIX para funcionar bem no vigésimo”.
Mais do que antes, os Planejamentos Estratégicos devem dar ênfase aos cenários pouco prováveis e preparar lideranças com grande capacidade adaptativa e descentralizadora, as quais reconheçam que os líderes são incompletos e que vivemos um novo momento da nossa história.
Não dá mais para fazer planejamentos conservadores, com maior foco no passado. Tecnologias disruptivas exigem planejamentos disruptivos.
O atributo mais importante do novo líder será o da coragem, ele deve ser aquele que coloca seu cargo em risco, mas não a empresa; e as equipes deverão ser recicladas.
As organizações lineares estão sendo substituídas pelas exponenciais e as metodologias de planejamentos tradicionais, por disruptivas.