ECONOMIA
ARTIGO
Com Hélio Mendes
Países, setores e empresas com velhas teorias
A impressão que temos na era digital é de que países, setores e empresas vivem em uma época semelhante à de quando se acreditava que a Terra era plana, o centro do Universo, e que o Sol girava em torno do nosso planeta – conceito que só começou a mudar depois de 1543, quando o astrônomo polonês Nicolau Copérnico revolucionou a ciência ao mostrar que a Terra girava em torno do Sol.
A maioria das organizações acredita ser o centro do Universo.
Na nossa opinião, a Física Quântica aplicada à Administração é o Copérnico do século XXI.
A Quântica pode mostrar que as organizações não são o centro dos seus mercados, e muito menos do mundo. E que conhecemos muito pouco do Universo.
Os novos consumidores, entre eles estamos você e eu, não são mais fiéis. E não sabemos o que queremos, criando assim múltiplos cenários, um dos princípios da Física Quântica.
Como as organizações não têm nenhum caminho seguro, terão de escolher o menos crítico, caso reconheçam a necessidade de ver a realidade por ângulos diferentes, quebrando todas as barreiras, criando paradigmas.
Para que continuar competindo?
Pode-se começar aceitando a forma de pensar do filósofo alemão J. Fichte (1762-1814), primeiro reitor da Universidade de Berlim. Fichte afirma que a divisão do trabalho deu origem à diferença e à oposição das classes e à unilateralidade do espírito, o que trouxe a perda da universalidade. A grande sociedade perdeu a visão do todo.
Hoje vivemos um contexto no qual ao mesmo tempo. em que as organizações sabem que não é possível entender o mundo como antes, quando tudo era distante, mas o mercado era local e predominavam uma visão e práticas de curto prazo; por outro lado entendem que os obstáculos e os custos para criar novos negócios são altos, mas não há mais tempo a perder, porque o novo cidadão/consumidor já existe.
Entretanto, a maioria das lideranças e até membros da sociedade científica defendem posições que podem ser explicadas pela “imunização cognitiva”, as quais levam à não aceitação de novos modelos. Isso nos motiva a insistir que não basta mais mudar de mercado, criar produtos com base na cultura existente.
Acreditamos ser vital reconhecer que a maioria dos modelos de gestão chegou ao fim de um ciclo e temos que começar outro, no qual tudo é energia, e a opção é criar conexão total: isso é a Quântica.
Não há receita, mas vai acontecer assim que aceitarmos que isso pode ser verdadeiro.
Hélio Mendes – Professor e consultor de Planejamento Estratégico e Gestão Quântica nas áreas privada e pública www.institutolatino.com.br
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