OPINIÃO
O estado do Rio de Janeiro vem carregando, há décadas, uma cruz muito pesada. Seus líderes políticos patrocinam, indiscutível e continuamente, estelionatos eleitorais descumprindo suas promessas de campanha e, invariavelmente, enveredando pelo submundo da corrupção.
Esse imutável modus operandi elevou o nível de gravidade da situação política/administrativa do estado, direcionada ao descontrole fiscal e a total insegurança pública, construídos ao longo do tempo por interesses escusos instalados na maioria de suas instituições. Gigantescos desvios de recursos do contribuinte resultaram em um estado desindustrializado, desacreditado, literalmente falido e sem perspectivas no médio prazo.
Justamente por todos esses constrangedores motivos, não causou qualquer surpresa, ou comoção, a decisão de hoje, 28/08/2020, do Superior Tribunal de Justiça – STJ de afastar, por 180 dias, o governador Wilson Witzel, com base em irregularidades em contratos na área da saúde. Na realidade, a população se sentiu aliviada.
Wilson Witzel foi eleito, nas eleições de 2018, sob o manto de um outsider não envolvido com as falcatruas que incomodam o fluminense, cansado de assistir a prisão da maioria dos ex-governadores, todos investigados ou condenados por corrupção.
Era falsa a imagem apresentada pelo governador, uma constante no estado.
O quadro fluminense revela a existência de um envolvente e blindado sistema criminoso estadual, com relevante capilaridade, dificultando qualquer tentativa de moralização da gestão pública fluminense, seja na capital ou no interior do estado.
Um carismático e bem intencionado líder político já não é mais suficiente para a recuperação do estado do Rio de Janeiro.
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