Planejamento é uma promissória
Podemos comparar o Planejamento Estratégico de uma empresa com um conjunto de promissórias, ou seja, compromissos que a equipe assume em pagar, alguns no curto, outros no médio, outros no longo prazo.
Cada promissória corresponde a uma meta que, caso não seja paga na data certa, sofre penalidade no plano gerencial, com perda de bonificação ou do emprego, mas o mais drástico: a falência da empresa.
A visão de uma empresa é “onde” ela quer chegar daqui a dez anos, ou cem. Cada ano representa uma etapa, como a construção de uma casa: na primeira etapa faz-se o alicerce, na outra a alvenaria, em seguida o acabamento e depois a manutenção.
A direção e o cronograma são de responsabilidade da equipe. Se esta não sabe o que quer, não chegará a lugar nenhum. Vai navegar sem direção, ou seguindo uma embarcação que pode estar também perdida.
É o que mais acontece.
A missão é o “como”, e só é possível quanto há metas. Estas, como as promissórias, têm data de vencimento. Necessitam especificação clara de onde sairão os recursos, que ainda estão por vir.
Ou seja, a promissória já está assinada, mas a receita está para ser criada, esse é o motivo pelo qual toda atividade empresarial é de risco. Muitos não fazem essa correlação.
O mais impressionante: o ato de planejar é, sem a menor dúvida, o início. Seu gerenciamento é o responsável pelo sucesso ou insucesso de todas as organizações.
A maioria dos membros das organizações desconhece esse fato e alguns guardam para si a responsabilidade.
O primeiro erro é o de não planejar; o segundo, o de não dividir – o que explica a baixa produtividade e o alto índice de mortalidade de empresas.
Hélio Mendes – Consultor de Estratégia e Gestão, professor da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, com curso de Negociação pela University of Michigan, Gestão Estratégica pela University of Copenhagen e Fundamentos Estratégicos pela University of Virginia. [email protected] – www.institutolatino.com.br