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Planejamento estratégico reverso.

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Na Educação já não é uma prática nova, a inversão da forma de ensinar conforme o método tradicional. Acontece do seguinte modo: definem-se os objetivos e a aula começa pelo fim, os alunos preparam-se em casa, dentro da sua visão, e apresentam o que conseguiram produzir antes de o professor explanar o tema. Esse processo, além de ser provocativo, evita ensinar o que o aluno já sabe.

Na área empresarial a logística também viveu transformações – pensavam antes no fluxo dos produtos apenas do seu ponto de aquisição; passaram também a dar importância ao ciclo reverso, entendido como logística reversa, por vários motivos, do ambiental ao econômico, para citar alguns.

Como professor e consultor, começamos a utilizar essa técnica, algo simples de explicar, no entanto, complexo na prática. Não deveria ser, mas é, por uma questão cultural. As empresas com bons resultados são as que mais têm dificuldade de mudar de modelo. Há um velho provérbio, “o uso do cachimbo pode deixar a boca torta”. As pessoas, de tanto praticar um modelo de gestão, acabam incorporando-o como valor imutável.

Nesse sentido, sabemos que três momentos não podem ser ignorados: presente, passado e futuro.

O presente tem origem no passado e o futuro, no presente. Porém, com as novas tecnologias, podemos fazer o reverso, ou seja, da visão estratégica para o presente, em vez de considerar as metas partindo do hoje para daqui a 2, 5, 100 anos, fazemos o inverso, do futuro para o presente. Na perspectiva reversa temporal as metas não avançam, elas retroagem.

Com as novas tecnologias, a exemplo da ChatGPT, podemos criar uma realidade paralela, a reversão e a inversão dos modelos empresariais, e fazer comparativos até com setores que ainda estão em construção.

Temos obtido bons resultados na aplicação do Planejamento Estratégico Reverso, que começa com a introspecção corporativa, quando os atores internos e externos vão “andar de ré”, indo não do presente para o futuro, mas do futuro para o presente.

Entretanto, para acontecer, é necessário enxergar o mundo de forma diferente. Não podemos pensar em apenas um mundo, há outros paralelos e realidades múltiplas que não percebemos com facilidade, porque somos resultado apenas das nossas experiências. Mas as empresas vivem em guerra – precisam ver a bomba antes de ela explodir, para não correrem o risco de explodir o negócio.

 

HÉLIO MENDES – Consultor de empresas, foi secretário na área de planejamento e meio ambiente da cidade de Uberlândia/MG – Professor em cursos de pós-graduação e da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra – ADESG.
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