Política é uma guerra. Entretanto, não deveria ser, pois seu objetivo originalmente era chegar ao poder para atender a todos. O contexto tem piorado depois das redes sociais. E, quando se chega ao poder, a guerra continua – e da pior forma: vem dos adversários e dos aliados, que nunca estão satisfeitos.
Muitos acreditam que se eleger é uma questão de sorte e saber improvisar. Um pouco de sorte? Às vezes… Deixar tudo para a última hora e improvisar? É coisa de amador.
Os antigos organogramas de campanha mudaram completamente. Hoje a demanda é por uma boa área de inteligência, com mais qualidade do que as existentes nas empresas, porque se exige analisar cenários e responder a eles em tempo real. O grande desafio é formar uma equipe multidisciplinar.
Mas o maior problema ainda irá permanecer nas campanhas: a disputa interna por espaço, não apenas entre os partidos da coligação. Os maiores conflitos, nem sempre percebidos, acontecem entre os profissionais contratados, que se consideram especialistas em tudo. Porém, há poucos no mercado com a devida qualificação.
É uma guerra e não há um Conselho de Segurança para realizar intermediações. Existem regras? Sim, algumas, e as piores são as criadas um ano antes das eleições para beneficiar quem tem mandato. É realmente uma guerra.