Institute for Management and Development – IMD acaba de publicar, pelo 35º ano consecutivo, o ranking de competitividade mundial de 2023, abrangendo 64 economias e 336 critérios de competitividade.
Dinamarca, Irlanda e Suíça lideram, nessa sequência, o ranking dos países mais competitivos, enquanto o Brasil, em 60º lugar, lidera os quatro últimos colocados, superando África do Sul, Mongólia, Argentina e Venezuela.
O posicionamento no ranking é resultado de avaliações comparativas de indicadores econômicos, obtidos em 2022, e em pesquisa de opinião realizada entre mais de seis mil executivos e empresários.
Países no topo do ranking espelham crescimento econômico, equilíbrio social e progresso, enquanto economias posicionadas na parte inferior do ranking refletem crônicos problemas institucionais.
O ranking é revelador ao deixar claro a ascensão de países do leste asiático e a estagnação, e até retrocesso, da América Latina, impregnada de políticas de curto prazo, radicalmente alteradas a cada mudança de governo.
No caso brasileiro, a atual edição do ranking revela evolução alcançada em 2022 nos indicadores de performance econômica, impactando na atração de investimentos internacionais e na geração de empregos, porém insuficiente para compensar os problemas estruturais no sistema de educação, que torna deficiente a formação de capital humano, no custo de capital, na legislação trabalhista e nas finanças públicas.
Sem sombra de dúvida, o Brasil, para se aproximar do seleto grupo de países competitivos, necessitará se empenhar em desafios que acelerem não só a reforma tributária, como também o equilíbrio fiscal, a revitalização do ensino público, com vistas à formação de força de trabalho e ganhos de produtividade, e a reindustrialização, com impacto na geração de emprego.