Planejar e fazer revisão do planejado: isso os bons gestores de todos os níveis realizam diariamente.
O Planejamento Estratégico Reverso, que dá o norte e as diretrizes para os demais, tem uma data ideal: deve ter seu início programado para outubro de cada ano, quando os analistas de mercado e o governo começam a publicar as grandes tendências. É como observar o Sol nascendo.
Não recomendamos abrir o ano sem um bom Planejamento Estratégico Reverso. Podemos comparar a um time profissional, que começa a se preparar para os campeonatos da temporada seguinte. Mesmo que tenha sido campeão, precisará planejar a contratação de novos jogadores, rever o esquema de jogo, porque o que usou já é conhecido de seus adversários. E se não foi campeão ou não teve o desempenho desejado, terá que mudar tudo – dependendo do diagnóstico, do goleiro ao técnico. No caso das empresas, da equipe de base ao CEO.
Nesta nova era das organizações, em que tudo é mutável, o maior erro é não entender que os modelos tradicionais já não dão o resultado de antes, algo muito sensível e difícil. Não é suficiente, às vezes, rever processos e fazer investimentos em pontos fortes e eliminar os fracos, mas sim atentar para a necessidade de mudar de negócio ou de criar mercados, o que demanda modificações de cultura e de mentalidade.
Não basta melhorar as equipes ou trocá-las: se estas não participarem da elaboração do planejamento, não vão assumir as metas como delas, o resultado não vai ser o que empresa precisa. Meta está em fazer o número de gols necessários em um campeonato. Exige compromisso e suor.
Muitas empresas têm a expectativa de que fazer o primeiro Planejamento Estratégico é o suficiente. Entretanto, tudo tem a curva de aprendizado. Para construir um modelo de gestão profissional leva-se anos e há de se considerar que parte do planejado, ou o todo, pode desatualizar-se mais rápido do que acontecia anteriormente.
Só times de amigos que se encontram para jogar em finais de semana “ainda” não precisam planejamento de longo prazo.