O consciente eleitor brasiliense deve estar avaliando o panorama eleitoral, tentando entender e assimilar as disputas e os movimentos políticos, alguns deles bruscos, radicais e até com ares de traição, mas certamente analisa fundamentalmente quais candidatos têm capacidade para entregar o Distrito Federal que imagina mais adequado para abrigar o futuro de seus filhos.
Em país com taxa de desemprego na faixa de 11%, sendo o emprego o principal objeto de desejo da população, a capital da República está com quase 300 mil desempregados, contingente que necessita prioridade nas políticas públicas.
Ao pesquisar as condições atuais do DF, o encontramos em terceiro lugar no ranking de Competitividade, somente suplantado por São Paulo e Santa Catarina.
O ranking mostra que, entre os pilares de sustentação da economia do DF, os mais fragilizados são justamente a eficiência da máquina pública e o potencial de mercado, que tratam do custo do Poder Executivo, da transparência e da produtividade dos poderes públicos, no caso do primeiro pilar, e do tamanho do mercado, do crescimento econômico e do potencial da força de trabalho, no caso do segundo.
Na prática, o brasiliense tem sentido na pele a baixa eficiência da máquina pública, especialmente na área da saúde. É inquestionável o caos em que se tornou o atendimento hospitalar na capital da república, a exigir do poder público imediata resposta.
Por outro lado, ao hospedar o poder administrativo do país, o DF abriga a elite do funcionalismo público com elevado nível de renda, não dando a devida importância ao potencial de mercado, de característica investidora, inovadora, geradora de empregos e estimuladora da capacitação da força de trabalho.
Olhando, então, para o atual cenário do Distrito Federal, pode-se resumir, com pequenas chances de erro, as prioridades são: saúde e emprego.
Surge o primeiro questionamento: Quais dos pré-candidatos tratam esses temas com clareza, pragmatismo e credibilidade?
Na saúde, a solução começa pela profissionalização da gestão, sem a qual o DF corre sério risco de continuar enxugando gelo.
A retomada do emprego passa por políticas públicas com o objetivo de crescimento econômico, com vetores para descentralização, para atração de empreendimentos de valor global, para integração comercial, para protagonizar a economia na região Centro-Oeste, para impulsionar o agronegócio, entre outros. Desafios estes que, além de recuperar a dignidade dos trabalhadores brasilienses, contribuirão para a desejada busca pela autonomia financeira do Distrito Federal.
Que pré-candidatos têm propostas nessas direções e possuem credibilidade e expertise para implementa-las?