2020 se encerrou com um total de 1,4 milhão de óbitos no Brasil, dos quais 195 mil (13%) por Covid-19, segundo o Ministério da Saúde.
Por óbvio, todos os óbitos por Covid-19 ocorreram em 2020, não havendo termo de comparação com 2019, porém, avaliação comparativa mostra que houve inesperada redução de óbitos, de 2019 para 2020, quando são consideradas somente causas respiratórias e cardiovasculares.
ÓBITOS POR CAUSA MORTIS EM 2019 E 2020 NO BRASIL
| CAUSA | 2019 | 2020 | DIFERENÇA |
| Insuficiência Respiratória | 100.485 | 97.023 | -3.462 |
| Pneumonia | 226.162 | 178.702 | -47.460 |
| Septicemia | 175.406 | 159.695 | -15.711 |
| AVC | 100.390 | 98.265 | -2.125 |
| Infarto | 98.748 | 91.499 | -7.249 |
| SUBTOTAL | 701.191 | 625.184 | -76.007 |
| TOTAL GERAL | 1.258.979 | 1.432.959 | 173.980 |
Doenças respiratórias e cardiovasculares reduziram seus óbitos em 2020, o que não faz qualquer sentido, principalmente quando se observa elevação de 174 mil (13%) nos óbitos de 2019 para 2020.
Os dados acima revelam claramente que o débito de óbitos por causas respiratórias e cardiovasculares foi mais do que compensado pelos óbitos por Covid-19, sem motivação científica aparente.
Que fenômeno promoveria redução nos óbitos de algumas doenças específicas em ambiente de natural elevação populacional e consequentemente do número de óbitos? Provavelmente, esse fenômeno está mais para político do que para científico.
De qualquer forma, algum dia esse enigma será desvendado pela ciência. Ou pelo judiciário.
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Marcelo Murta 
Aluizio Torrecillas 
Helio Mendes 
Luiz Bittencourt 
Repórter Diário
