Chegava eu, ontem, em Mangaratiba/RJ, passando pela estrada da praia do Sahy, onde se encontra estabelecido um Posto da Avaliação do Covid-19.
Nesse Posto, uma enfermeira colhia a temperatura dos integrantes dos veículos, e um policial coordenava o trânsito. Pelo menos, essa a estrutura que visualizei durante meu atendimento.
Quando estava sendo atendido, o policial autorizou, sem qualquer verificação, a passagem de um automóvel e de duas vans que fazem transporte de passageiros entre Mangaratiba e Muriqui e Itacuruça.
Ao questionar o policial sobre a não avaliação dos integrantes dos três veículos, fui informado que:
– o automóvel pertence a prefeitura, por isso tem passe livre;
– as vans transportam passageiros e a ordem superior é liberá-las da avaliação.
Confesso que não consigo entender esse modelo de seleção.
Não tenho a menor dúvida de que funcionários da prefeitura podem, como todos nós, transportar exemplares do vírus Covid-19, o mesmo ocorrendo com motoristas e passageiros das vans que transitam na região. Se o objetivo é reduzir a contaminação, qualquer passe livre é temerário.
Portanto, parece-me que o Posto de Avaliação de Covid-19 instalado na praia do Sahy é mais uma atuação maquiada do combate ao vírus do que uma real proteção aos habitantes de Mangaratiba.
Modelos desse tipo desperdiçam recursos públicos ao não apresentarem qualquer eficácia e, ainda, contribuem para agravar o contágio da população.
Luiz Bittencourt – Eng. Metalúrgico/UFF; M. of Eng./McGill University/Montreal/Canadá; Pós-graduado em Comércio Exterior/Universidade Mackenzie/SP; Consultor em Relações Institucionais.
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