POLÍTICA
ELEIÇÕES 2024
Informativo do Grupo de Marketing Político nº 10/2024
Os Grandes Erros das Agências Nesta Campanha Eleitoral
Se as grandes empresas e as universidades ainda estão tendo dificuldades em conviver com o novo mundo criado pela tecnologia, que gerou uma cultura exponencial, é possível imaginar as dificuldades enfrentadas pelas agências que normalmente só atuam em campanhas eleitorais e pelos profissionais que conhecem a vida apenas através de livros.
As velhas mídias, que ainda dependem de produção, contrastam com as redes sociais que atuam em tempo real.
É visível que muitos considerados marqueteiros ainda insistem nas velhas práticas, como utilizar “bom dia” ou levar os candidatos a lugares onde nunca estiveram presentes, usando chavões como “posso fazer melhor”, “tenho mais experiência” e “o que é bom tem de continuar”. E o mais triste: muitos afirmam que obras foram feitas graças às suas emendas, mas não explicam o que fizeram para merecê-las, enchendo a cidade de outdoors nessa época.
Há também aqueles que fizeram curso de comunicação e se autointitulam profissionais de marketing, e os que de fato estudaram marketing empresarial, mas não entendem de política. Existem ainda os que se dizem estrategistas, mas desconhecem o verdadeiro significado de uma estratégia de guerra. Uma campanha é uma guerra; é preciso ter estômago de avestruz e olho de águia. Campanha eleitoral não é para aprendizes de feiticeiro.
Até mesmo as pesquisas, que são a base para fazer o Planejamento Estratégico de uma campanha e o plano de comunicação, ainda são conduzidas no mesmo formato do século passado. Este é o primeiro e principal erro. Mas por que isso ainda dá certo? Porque a maioria utiliza as mesmas práticas; ou seja, os dois lados fazem campanhas sem conteúdo e sem estratégia. Assim, o ruim vence o péssimo.
As agências precisam evoluir e entender que o mundo mudou. As redes sociais exigem uma comunicação mais rápida, autêntica e interativa. As campanhas devem ser baseadas em dados atuais e reais, com estratégias bem definidas e conteúdos relevantes que ressoem com os eleitores. O futuro das campanhas eleitorais depende da capacidade das agências de se adaptarem e inovarem, abandonando as velhas práticas e abraçando as novas realidades da comunicação digital.
Hélio Mendes – Consultor de Estratégia empresarial e política.
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