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COVID-19 NO BRASIL

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2020 chega ao final transformando em rotina um misterioso problema.

No início do ano, o vírus Covid-19, desenvolvido na China, se espalhou, ou foi espalhado, por todo o planeta criando pânico e aterrorizando diversos países, incluindo o Brasil.

Infectologistas caracterizaram o vírus como de elevado contágio e baixa letalidade, o que se confirmou ao longo do ano, mas um, até agora indecifrável, enigma restou: Na China, país mais populoso do planeta e berço da doença, o vírus permaneceu inacreditavelmente inerte, contaminando somente 86 mil chineses, com pouco mais de 4 mil óbitos.

No restante do planeta o vírus manteve suas características básicas, porém se apresentou com carga de energia um pouco mais elevada.

A perda de familiares, amigos, vizinhos e conhecidos contribuiu para potencializar o pânico e sentimentalizar as análises sobre o impacto do vírus, reduzindo a imparcialidade nas avaliações. Agrava o quadro nacional, a remuneração em dobro para internações, UTI’s e óbitos sob o codinome “Covid-19”, medida que vem deformando completamente as informações.

De todo modo e mesmo com dados inflados pela conveniente remuneração, a consequência do vírus tem refletido sua característica: elevado contágio e baixa letalidade.

A evolução do total de óbitos no Brasil segue sem surpresas.

EVOLUÇÃO ANUAL DOS ÓBITOS TOTAIS NO BRASIL

ANOÓBITOS (MIL)VARIAÇÃO %
20171.051
20181.19313%
20191.2505%
20201.40512%
Fonte: Transparência Registro Civil

Variação anual de 12% ou 13% no número de óbitos não configura pandemia. Foi assim em 2018.

Os óbitos totais ocorridos até ontem no Brasil, correspondem a 0,6% da população.

 À primeira vista, a atuação do coronavirus no Brasil sugere impactante, especialmente se nos limitarmos a dados absolutos.

COVID-19 EM 10 PAÍSES SELECIONADOS (NÚMEROS ABSOLUTOS)

PAÍSPOPULAÇÃO (MILHÕES)  CASOS (MIL)ÓBITOS (MIL)
EUA33119.111337
BRASIL2127.425190
FRANÇA652.52762
REINO UNIDO672.18869
ITÁLIA602.00970
ESPANHA461.86949
ALEMANHA831.61429
BÉLGICA1163419
CANADÁ3753529
SUÉCIA103968
Fonte: Populationpyramidnet, Ministério da Saúde, Covidvisualizer

A população mais contaminada pelo vírus é a dos EUA (19 milhões de casos), seguida pelo Brasil (7 milhões de casos), pelo simples fato de serem os países mais populosos, no universo considerado, e também pelo elevado contágio do vírus. Esse mesmo ranking se repete nos óbitos.

Quando a massa populacional é inserida na avaliação dos casos de Covid-19, o Brasil cai para sétimo lugar (entre 10 países).

COVID-19 EM 10 PAÍSES SELECIONADOS (NÚMEROS RELATIVOS)

  PAÍS  CASOS COMO % DA POPULAÇÃO    TAXA DE LETALIDADE (ÓBITOS/CASOS) X 100TAXA DE MORTALIDADE ÓBITOS/MILHÃO DE HABITANTES
BÉLGICA5,7%2,9%1.727
ITÁLIA3,3%3,4%1.166
ESPANHA4,0%2,6%1.065
REINO UNIDO3,2%3,1%1.029
EUA5,7%1,7%1.018
FRANÇA3,8%2,4%953
BRASIL3,5%2,5%896
SUÉCIA3,9%2,0%800
CANADÁ1,4%2,6%378
ALEMANHA1,9%1,7%349
Fonte: Populationpyramidnet, Ministério da Saúde, Covidvisualizer

Algumas avaliações interessantes afloram desse quadro:

– Apesar de os EUA serem o país que apresenta a maior parte da população contaminada (5,7%), seu controle do vírus é o mais eficaz. Somente 1,7% dos contaminados foram a óbito, exatamente como na Alemanha.

– No Brasil, 3,5% da população foi contaminada pelo Covid-19 e, entre os contaminados, 2,5% foram a óbito. Essa relação significa que os óbitos pelo vírus representam somente 0,08% de toda a população brasileira.

– A Suécia, que usou a estratégia de alcançar a imunidade do rebanho com exclusão da quarentena, segue os EUA na eficácia do controle do vírus. Somente 2,0% de seus contaminados foram a óbito.

Percebe-se que, com representações variando de 0,08% a um máximo de 3,5%, o discurso pandêmico se esvaziou e o oportunismo político naturalmente se fragilizou e agora as incertezas foram concentradas na oferta de vacina.

Mesmo considerando a exigência de significativo período de tempo para o responsável desenvolvimento de vacinas, as cantilenas da agilização para autorização e da obrigatoriedade serão repetidas à exaustão.

Só nos restam paciência e higienização.

Esse será o desafio para 2021.



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