BRASIL
CORONAVÍRUS
OPINIÃO
DIÁRIO DO CORONAVÍRUS EM 31/03/2020
Decorridos 34 dias oficiais de Covid19 no Brasil, temos hoje, 31/03/2020, a seguinte fotografia:
BRASIL | MUNDO | |
INFECTADOS | 4.369 | 789.806 |
RECUPERADOS | 127 | 166.733 |
ÓBITOS | 165 | 38.101 |
Fonte: covidvisualizer.com
Dos 165 óbitos no Brasil, 113 (68%) ocorreram no Estado de São Paulo e 18 (11%) no Rio de Janeiro.
No Brasil, o número de óbitos se mantém em cerca de 3,0% dos infectados (taxa de letalidade artificialmente exagerada) e 0,000073% da população. A recuperação no Brasil ainda é pequena, alcançando 3% dos infectados.
No mundo, o número de óbitos se mantém ao redor em 4,5% dos infectados (taxa de letalidade também exagerada) e 0,00049% da população. A recuperação no mundo permanece ao redor de 21% dos infectados.
Causa enorme perplexidade, para não dizer desconfiança, a taxa de letalidade que o Estado de São Paulo apresenta. Ela é inacreditavelmente elevada, alcançando 12,5%, derramando descrédito sobre as fontes oficiais.
Sem que tenha havido alteração no perfil da epidemia no mundo, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde – OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, após se utilizar da credibilidade e da visibilidade que o cargo lhe confere para defender com intransigência o isolamento total e rigoroso, manifestou-se ontem pela flexibilização na escolha do modelo de lockdown, de acordo com necessidades e características de cada região.
Essa inexplicável revisão conceitual demonstra irresponsabilidade, em austera avaliação, e total ausência de lastro científico em sua orientação inicial, inadmissível para uma organização essencialmente técnica.
Por aqui, o X do problema é a insuficiente capacidade hospitalar instalada, sobre a qual ninguém fala porque não atrai holofote. Explicável, pelo fato da proximidade de eleições municipais onde soluções são substituídas pela oferta de benesses individuais, muito mais eficientes na conquista de votos.
Enquanto o planeta enfrenta uma guerra biológica, com exclusiva finalidade de poder geopolítico, o Brasil incrementa o embate ideológico, rasteja pela demagogia barata que alimenta a caça aos votos e transforma o vírus em estrela de pré-campanha eleitoral.
Contudo, mesmo com o vírus protagonizando as pré-campanhas, é imperceptível o apoio político na destinação dos fundos partidário e eleitoral para capacitação hospitalar.