BRASIL
CORONAVÍRUS
Decorridos 54 dias oficiais de Covid-19 no Brasil, temos hoje, 21/04/2020, a seguinte fotografia:
INDICADOR | BRASIL | CHINA | EUA | ESPANHA | ITÁLIA | MUNDO |
ÓBITOS | 2.588 | 4.632 | 42.518 | 21.282 | 24.114 | 171.240 |
VARIAÇÃO DIÁRIA % | 5,1% | 0,0% | 4,8% | 2,0% | 1,9% | 3,3% |
TAXA DE LETALIDADE | 11,5 | 3,3 | 126,9 | 425,6 | 401,9 | 22,2 |
Os indicadores relacionados no quadro possuem as seguintes unidades:
Óbitos: Número absoluto
Variação diária: Variação percentual entre o número total de óbitos registrados até ontem e até hoje
Taxa de letalidade: óbito/milhão de habitantes
Hoje, quinquagésimo quarto dia e 60º aniversário de Brasília, a taxa de letalidade do Covid-19, no Brasil, ultrapassou os 11 óbitos por milhão de habitantes, enquanto no mundo chegou aos 22 óbitos por milhão de habitantes.
O impacto do vírus no Brasil limita-se a 50% de sua repercussão no mundo, com pequenas variações diárias nos óbitos, reflexo da contínua desaceleração.
Ontem, pelo quarto dia consecutivo, ocorreu redução no número diário de óbitos.
São Paulo alcança 1.037 óbitos (40% do Brasil), seguido do Rio de Janeiro com 422 (16%), ambos sem relevante alteração proporcional.
Segue em padrão normal a curva dos óbitos nacionais confirmados por Covid-19, mantendo tendência à desaceleração.
EVOLUÇÃO DIÁRIA DOS ÓBITOS POR COVID-19 NO BRASIL
O pico de óbitos no Brasil ocorreu nos dias 12 e 13 de abril.
DISTRIBUIÇÃO CRONOLÓGICA POR CONTINENTE DOS ÓBITOS POR COVID-19
A distribuição de óbitos por continente revela contínua redução a partir da data do pico, ocorrido em 17 de abril.
Não há sinalização para sobressaltos tanto no Brasil, quanto no mundo.
Consequentemente, diversos municípios estão revendo, ainda que tardiamente, suas medidas de distanciamento social e até o governo de São Paulo se rendeu à realidade e planeja ações para acabar com o isolamento horizontal no Estado.
Possível ocorrência de algumas lotações em hospitais, resultante da escolha pelo isolamento em detrimento de maciço investimento em capacitação hospitalar (equipamentos, pessoal, etc.) para atender pacientes contaminados pelo vírus, patenteia o grave equívoco no planejamento inicial do Ministério da Saúde.
Recursos pedidos pelo Ministério foram liberados pela União, mas ausência de governança no Ministério permitiu, por exemplo, aquisição de equipamentos inadequados, a preços exorbitantes, e foco em hospitais de campanha, suspeitos de superfaturamento, conforme denuncia certa parte da imprensa.
Até agora, nada foi capaz de alterar o modus operandi brasileiro.
Registre-se, por competente, o novo e sóbrio modelo de informação do Ministério da Saúde, compatível com a seriedade que o momento requer, muito longe do show midiático que animava todas as tardes da imprensa nacional.
Os efeitos econômicos das inconsequentes medidas restritivas continuam sua preocupante escalada.
Banco Central reduz a estimativa do PIB brasileiro para -2,96%, em 2020, com inflação de 2,5%, abaixo do piso da meta.
Preço do petróleo despenca e a incerteza questiona a sobrevivência de algumas companhias aéreas.
China apresentou variação de -6,8% do PIB, no primeiro trimestre, enquanto governo do Japão incentiva empresas japonesas a deixarem a China.
A economia se planeja, o mercado internacional se redimensiona e os investimentos se realinham.
Estados e municípios que não se planejarem, perderão o bonde e a competitividade necessária para concorrer ao novo padrão de investimentos e não suplantarão o subdesenvolvimento.