BRASIL

Decorridos 80 dias oficiais de Covid-19 no Brasil, temos hoje, 17/05/2020, a seguinte fotografia:

Os indicadores relacionados no quadro possuem as seguintes unidades:

Óbitos: Número absoluto

Variação diária: Variação percentual entre o número total de óbitos registrados até ontem e até hoje

Taxa de mortalidade: óbito/milhão de habitantes

Hoje, octogésimo dia, a taxa de mortalidade do Covid-19, no Brasil, ultrapassou os 69 óbitos por milhão de habitantes, enquanto a taxa mundial se aproxima dos 41 óbitos por milhão de habitantes.

Variações diárias no número de óbitos continuam baixas, sendo que a variação brasileira caiu de 6% para 5%.

São Paulo ontem alcançou 4.688 óbitos (30% do Brasil), seguido do Rio de Janeiro com 2.614 (17%), Ceará com 1.614 (10%), Pernambuco com 1.461 (9%) e Amazonas com 1.375 (9%).

Dos 15.662 óbitos registrados no Brasil, os cinco estados acima mencionados participam com 11.752 óbitos, representando 75% do total.

Dos 15.662 óbitos, os outros 21 estados, mais o Distrito Federal, participam com 3.910 óbitos.

Cenários diferentes exigem tratamentos diferentes.

Das 233.142 pessoas contaminadas no Brasil, 89.672 (38,5%) foram curadas e 127.837 (54,8%) estão em acompanhamento, sem risco de morte, consolidando 93,3% de recuperados no país.

Essa performance não deixa dúvida sobre a baixa letalidade do Covid-19.

Para cada óbito, por Covid-19, o Brasil responde com 14 pessoas curadas ou colocadas fora de perigo.

Houve estabilização nos óbitos brasileiros, segundo avaliação do Our World in Data, utilizando média de três dias.

ÓBITOS DIÁRIOS POR COVID-19 NO BRASIL – MÉDIA DE TRÊS DIAS

Lembremo-nos de que a acumulação de óbitos anteriores deforma a curva evolutiva. O uso de período maior do que três dias, provavelmente proporcionaria queda na curva acima.

A estabilização é confirmada pela taxa de letalidade (óbitos/casos confirmados – escala logarítmica) brasileira, mostrada no quadro abaixo.

Eixo vertical = Log [(Óbitos/casos confirmados) x 1.000]

Eixo horizontal = Dias após o primeiro óbito

Ao comparar os efeitos do vírus no Brasil e em alguns países selecionados, verifica-se que a resistência encontrada em algumas regiões do Brasil tem sido eficiente, proporcionando resultados positivos.

RECUPERAÇÕES COMPARADAS ENTRE PAÍSES SELECIONADOS

O Brasil, apesar de possuir população quatro vezes maior do que Itália, Espanha e França, apresenta casos na mesma dimensão, metade dos óbitos e duas vezes a recuperação alcançada por esses países.

Nosso vírus não mostra o poder do vírus europeu e o cenário brasileiro evidencia enormes diferenças que sugerem tratamento diferenciado e definições de medidas muito menos restritivas.

Não há razão para não reorganizar o retorno das atividades econômicas.

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CORONAVÍRUS: GRUPOS DE RISCO

Pessoas acima de 60 anos se enquadram no grupo de risco, mesmo que não tenham nenhum problema de saúde associado. Além disso, pessoas de qualquer idade que tenham comorbidades, como cardiopatia, diabetes, pneumopatia, doença neurológica ou renal, imunodepressão, obesidade, asma, entre outras, também precisam redobrar os cuidados nas medidas de prevenção ao coronavírus.

CONTINUE A SE PROTEGER PARA EVITAR A PROPAGAÇÃO DA DOENÇA

 Lavar as mãos frequentemente por no mínimo 20 segundos com água e sabão ou higienizá-las com álcool em gel – Cobrir o nariz e a boca com um lenço ou o cotovelo ao tossir/espirrar – Evitar contato próximo (mínimo um metro de distância) com pessoas, mesmo saudáveis. Ao sair, leve luvas e máscaras descartáveis. Use-as. 

O VÍRUS NÃO TEM PARTIDO POLÍTICO.

CORONAVÍRUS: Atualmente não há uma vacina para prevenir o Coronavírus (COVID-19).