DIÁRIO DO CORONAVÍRUS EM 09/06, TERÇA-FEIRA.

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Decorridos 103 dias oficiais de Covid-19 no Brasil, temos hoje, 09/06/2020, a seguinte fotografia:

Os indicadores relacionados no quadro possuem as seguintes unidades:

Óbitos: Número absoluto

Variação diária: Variação percentual entre o número total de óbitos registrados até ontem e até hoje

Taxa de mortalidade: óbito/milhão de habitantes

Hoje, centésimo terceiro dia, a taxa de mortalidade do Covid-19, no Brasil, ultrapassou os 168 óbitos por milhão de habitantes, enquanto a taxa mundial ultrapassou os 53 óbitos por milhão de habitantes.

Variações diárias no número de óbitos continuam oscilando em faixa estreita (0% e 1,0%), sendo que a variação brasileira despencou para 1%.

Os registros diários de óbitos revelam que o pico foi atingido no fim da primeira semana de maio e a escalada descendente a partir do final de maio.

REGISTROS DIÁRIOS DE ÓBITOS POR COVID-19

A perda de energia do vírus é confirmada pela curva de evolução da taxa de letalidade.

EVOLUÇÃO DA TAXA DE LETALIDADE DO COVID-19 NO BRASIL

{Óbitos/Casos}X100

O acompanhamento, tanto em indicadores absolutos, quanto em relativos, revela a forte redução da atividade letal do Coronavirus no país.

Nova plataforma de informação do governo federal, disponibiliza óbitos diários, por Coronavirus, livres dos óbitos anteriores e por suspeição, que deturpavam qualquer análise.

ÓBITOS DIÁRIOS POR REGIÃO, POR COVID-19   08/06/2020

Da mesma forma que aglomeração contamina pessoas, aglomeração de dados contamina a amostra.

A depuração nas informações oficiais desnuda a ineficiente atuação das regiões Norte, Nordeste e Sudeste no combate ao vírus chinês. Fica evidente que somente repassar recursos, como inoportunamente determinou o STF, está sendo insuficiente para organizar de forma competente o enfrentamento do vírus.

Coincidentemente, prisões têm sido realizadas pela Polícia Federal, nas regiões que apresentam piores resultados, em processos que investigam desvios de recursos do contribuinte nas contratações sem licitação. Superfaturamentos não são raros.

Outra inoportuna decisão do STF obriga o Executivo manter o modelo anterior para divulgar informações sobre resultados do vírus chinês. Governo evolui, cria plataforma interativa que depura a conveniente contaminação que deturpava as informações, mas não pode utilizá-la por injustificada interferência de outro poder.

Faz tempo que todos os limites estão sendo ultrapassados.

Preocupante é perceber que todos esses problemas não são privilégio do Brasil. Por aqui, não nos surpreendemos com o que vem acontecendo, e pior, com o que ainda pode acontecer.

A Organização Mundial de Saúde, depois de criar problema sanitário mundial, por conveniência política, foi obrigada a retroceder em sua controversa crítica ao uso da hidroxicloroquina no tratamento de pessoas infectadas com o vírus chinês, e pedir desculpas pela equivocada avaliação.

Desnorteada, em sentido contrário ao propagado pela sua instituição, a Diretora de Programa de Emergências Sanitárias, Maria Van Kerkhove revelou que pacientes assintomáticos não contribuem para a propagação do vírus.

No mundo, a Organização responsável por orientar, parece desorientada. No Brasil, Poder Executivo paga as despesas (muitas delas desnecessariamente astronômicas), mas não pode cobrar resultado, nem controlar gastos, por decisão do STF.

Cenário preocupante e desafiador.

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