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DIÁRIO DO CORONAVÍRUS: EUA CANCELA APOIO FINANCEIRO À OMS

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CORONAVÍRUS

OPINIÃO

QUARTA-FEIRA, 15/04/2020.

Decorridos 48 dias oficiais de Covid-19 no Brasil, temos hoje, 15/04/2020, a seguinte fotografia:

INDICADORBRASILCHINAEUAESPANHAITÁLIAMUNDO
ÓBITOS1.5523.34226.06418.57921.067127.493
VARIAÇÃO DIÁRIA %14,0%0,0%9,9%2,9%2,9%4,7%
TAXA DE LETALIDADE6,92,477,8371,6351,116,5
Fonte:

Os indicadores relacionados no quadro possuem as seguintes unidades:

Óbitos: Número absoluto

Variação diária: Variação percentual entre o número total de óbitos registrados até ontem e até hoje

Taxa de letalidade: óbito/milhão de habitantes


Hoje, quadragésimo oitavo dia, a taxa de letalidade do Covid-19, no Brasil, se aproxima de sete óbitos por milhão de habitantes, enquanto no mundo se mantém em 16 óbitos por milhão de habitantes.

Brasil e EUA apresentaram ontem ligeira aceleração no número de óbitos, mas nada proporcionalmente relevante, enquanto padrão de redução vem se mantendo no geral.

O Estado com maior número de óbitos é São Paulo com 695 (45%), seguido do Rio de Janeiro com 224 (14%) e Pernambuco com 115 (7%).

Ótima notícia apresentou ontem o Ministério da Saúde confirmando a desaceleração nos óbitos brasileiros, de acordo com o que a REVISTA DIÁRIA vem afirmando.

EVOLUÇÃO DOS ÓBITOS POR COVID-19 NO BRASIL

Fonte: Ministério da Saúde

O gráfico acima revela que a partir de 06 de abril último, o número de óbitos iniciou sua escalada descendente.

Não há sinalização que indique a aproximação de uma concentração de contaminação ou de óbitos. O Ministro havia divulgado, em passado recente, que o pico da epidemia ocorreria no período entre abril e maio, o que foi deslocado para junho, em entrevista ao Fantástico, domingo último, terminando ontem com uma informação oficial do Ministério da Saúde, ampliando o período para entre maio e agosto.

Essas estapafúrdias manifestações mantém elevado o clima de preocupação da população e contribui para medidas equivocadas, para não dizer não republicanas, dos entes federativos.

Desafios dessa natureza exigem eficiência de gestor, amparada em competência técnica. Coordenação política é a pior das escolhas.

Continua justificada apreensão quanto ao projeto de apoio aos estados e municípios, recém-aprovado na Câmara dos Deputados. O Executivo acena com uma alternativa à proposta do Legislativo (cheque em branco de R$ 80 bilhões, sem contrapartida) elevando o socorro, que pode alcançar R$ 127 bilhões, mas exigindo contrapartidas dos entes federativos.

Decididamente não é a melhor prática sustentar estados e municípios, reconhecidamente perdulários, com recursos oriundos do contribuinte nacional. Sem incondicional suporte, cada estado da federação certamente trabalharia sua sustentabilidade.

A cultura da eterna dependência é destruidora.

Enfrentando uma epidemia com surpreendentes efeitos devastadores, assim como Itália e Espanha, os EUA decidiram cancelar seu apoio financeiro à Organização Mundial de Saúde – OMS (representa perto de 20% do orçamento anual do organismo) por negligência na declaração da pandemia. Não se justifica a manutenção de ineficaz organismo internacional contaminado por interesses políticos.

Inicia-se nova era condicionando, corretamente, o contribuinte a exigir eficácia de agentes públicos.



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