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DIÁRIO DO CORONAVÍRUS: QUARTA-FEIRA, 01/04

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BRASIL

CORONAVÍRUS

OPINIÃO

DIÁRIO DO CORONAVÍRUS EM 01/04/2020

Considerando que a heterogeneidade nos testes utilizados pelos diversos países, aliada a não execução de testes em toda a população, torna a amostra de infectados não representativa do universo, e que o número absoluto de óbitos (independe de testes), mesmo contaminado por registros equivocados, tem maior representatividade, a REVISTA DIÁRIA entende mais conclusivo utilizar comparativamente indicadores relacionados com as respectivas populações. 

Decorridos 34 dias oficiais de Covid19 no Brasil, temos hoje, 01/04/2020, a seguinte fotografia:

INDICADORBRASILCHINAEUAESPANHAITÁLIAMUNDO
ÓBITOS2023.3124.0599.05312.42843.275
POPULAÇÃO2251.40033050607.700
DENSIDADE DEMOGRÁFICA23,813633,79119250,8
TAXA DE LETALIDADE0,92,312,3181,0207,15,6

Fonte: covidvisualizer.com


Os indicadores relacionados no quadro possuem as seguintes unidades:

Óbitos: Número absoluto

População: milhões de habitantes

Densidade demográfica: habitantes/Km²

Taxa de letalidade: óbitos/milhão de habitantes


Inicialmente, percebe-se que a taxa de letalidade brasileira não chega a 1 óbito por milhão de habitantes. Segundo a expectativa de infectologistas, a taxa brasileira se apresenta em dimensão normal, mas taxas como da Espanha, Itália e EUA estão muito fora da curva. A taxa italiana, por exemplo, é 230 vezes superior a nacional.

Para a taxa brasileira se aproximar da elevadíssima taxa de letalidade da Itália (207,1 óbitos/1.000.000 de habitantes), será preciso que o número de óbitos no Brasil ultrapasse o resultado mundial e alcance 46.597. Sem chance.

Os indicadores revelam que alguns países precisam tratar o vírus de forma diferenciada, por exclusiva característica própria, como Itália e Espanha que, unidas e ainda sem plausível explicação, representam metade (51%) dos óbitos mundiais, enquanto os óbitos brasileiros, de comportamento normal, representam somente 0,4%. Também não faz sentido a elevada taxa de letalidade apresentada pelos EUA.

Verifica-se, ainda, que, pela amostragem utilizada, não há relação entre taxa de letalidade e dimensão da população, mas países com maior densidade demográfica apresentam taxa maior, com exceção da China (como sempre).

No Brasil, São Paulo é o líder dos óbitos com 136 (67% dos óbitos nacionais), seguido de longe pelo Rio de Janeiro com 23 (11%).

Conclusão: a epidemia no Brasil está ambientada em esperados índices de normalidade.

Para terminar, chegam notícias de que Brasil e Itália registram menor número de casos diários do vírus (boa notícia, mesmo não sendo representativos os indicadores de infectados) e Espanha desacelera seus óbitos diários.



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