BRASIL
CORONAVÍRUS
OPINIÃO
DIÁRIO DO CORONAVÍRUS EM 02/04/2020
Decorridos 35 dias oficiais de Covid19 no Brasil, temos hoje, 02/04/2020, a seguinte fotografia:
INDICADOR | BRASIL | CHINA | EUA | ESPANHA | ITÁLIA | MUNDO |
ÓBITOS | 244 | 3.312 | 5.110 | 9.387 | 13.155 | 48.289 |
VARIAÇÃO DIÁRIA % | 20,7% | 0% | 25,9% | 3,7% | 5,8% | 11,6% |
TAXA DE LETALIDADE | 1,0 | 2,3 | 15,4 | 187,7 | 219,2 | 6,2 |
Fonte: covidvisualizer.com
Os indicadores relacionados no quadro possuem as seguintes unidades:
Óbitos: Número absoluto
Taxa de letalidade: óbito/milhão de habitantes
A progressão do Covid19 no Brasil continua apresentando inexpressiva taxa de letalidade, representando 1 óbito para cada 1 milhão de habitantes. De ontem para hoje, o número de óbitos cresceu 20% no Brasil, resultado que pode parecer elevado, porém é preciso considerar que incide sobre parca base.
Surpreendem os quadros apresentados por Espanha, Itália e, agora, EUA, principalmente se compararmos com Shangai que, com 25 milhões de habitantes e a 700 Km de distância de Wuhan, apresenta somente 6 óbitos causados pelo Covid19. O modelo de combate ao coronavirus utilizado por Shangai precisa ser profundamente estudado e urgentemente aplicado em todo o planeta.
No terceiro trimestre de 2019, a economia brasileira apresentava acelerado crescimento, com expansão nos investimentos e no consumo, resultando em crescimento de 1,1% do PIB e gerando expectativa de 2,2% para 2020.
Ao surgir, nos final de 2019 em Wuhan, na China, o Covid19 se espalhou pelo mundo e se tornou oportunidade para a imprensa divulgá-lo apocalíptico e causar desastre econômico e desespero nas populações.
O resultado não poderia ser bom. Governos estaduais e municipais se apressaram em demonstrar apreço nunca visto pelos seus eleitores e, como prova dessa benquerença, decretam quarentena para todos, independente de necessidade comprovada, e promovem a estagnação da economia. O país que tentava correr, agora caminha de marcha a ré.
Por decretos, a economia brasileira entra em recessão e a expectativa de crescimento de 2,2% cai para -0,5% e o desemprego que perdia força, recrudesceu em fevereiro para 11,6%, atingindo 12,3 milhões de pessoas, e deve ganhar peso pelo avanço das demissões e pela epidemia de falências.
As previsões não poderiam ser razoáveis e o país precisa retornar ao trabalho o mais rápido possível.