BRASIL
CORONAVÍRUS
OPINIÃO
DIÁRIO DO CORONAVÍRUS EM 04/04/2020
Decorridos 37 dias oficiais de Covid19 no Brasil, temos hoje, 04/04/2020, a seguinte fotografia:
INDICADOR | BRASIL | CHINA | EUA | ESPANHA | ITÁLIA | MUNDO |
ÓBITOS | 365 | 3.326 | 7.402 | 11.198 | 14.681 | 59.949 |
VARIAÇÃO DIÁRIA % | 11,6% | 0,1% | 21,4% | 2,4% | 5,5% | 10,6% |
TAXA DE LETALIDADE | 1,6 | 2,4 | 22,4 | 223,9 | 244,7 | 7,8 |
Os indicadores relacionados no quadro possuem as seguintes unidades:
Óbitos: Número absoluto
Variação diária: Variação percentual entre o número total de óbitos registrados ontem e hoje
Taxa de letalidade: óbito/milhão de habitantes
De ontem para hoje, o número de óbitos cresceu 11,6% no Brasil, resultado esperado e não significativo.
Hoje, trigésimo sétimo dia, a taxa de letalidade do Covid19, no Brasil, se mantém inexpressiva (1,6 por milhão de habitantes), revelando farsante epidemia.
O embuste se evidencia pela divergência inaugurada pelo Ministro da Saúde quanto ao modelo de controle da epidemia. A essência do Covid19 é política.
Sabemos que a eficiência de um plano começa pela convergência e pelo engajamento da equipe coordenadora. Sabemos, também, que discordâncias podem somar durante o processo de seleção, mas devem ser eliminadas a partir da decisão tomada pelo líder da equipe. Após a decisão, divergências sugerem insurgência e oportunismo.
A atitude do Ministro da Saúde, ao tentar desautorizar orientações do Presidente da República, insinua falso conflito entre técnica e política. A postura do Ministro é eminentemente política.
Luiz Henrique Mandetta, atual Ministro da Saúde, é filiado ao DEM, partido que abriga o Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, o Presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre e o Governador de Goiás, Ronaldo Caiado, todos em rota de colisão política com o governo federal.
A divergência, cotidianamente externada, desgasta, desnecessária mas convenientemente, o Presidente da República, líder de sua equipe, em atitude que não condiz com padrão de conduta que se exige de um Ministro de Estado. Se não concorda com as orientações recebidas, saia da equipe.
O cenário brasileiro, agravado pelo sensacionalismo midiático, que incondicionalmente apoia e divulga a insubordinação, e pela consequente exacerbação de descabidas medidas restritivas pelos entes federativos, não suporta absorver rebeliões de oportunismo político, travestidas de decisões técnicas.
Não resta dúvida de que o fato é grave, restando como alternativas ao Presidente da República, a aceitação do modelo escolhido pelo subordinado, por absoluta imposição técnica, ou sua imediata exoneração.
A decisão precisa ser já, seja ela qual for.